Redações Corrigidas - Janeiro/2020 Supremo Tribunal Federal e opinião pública
Ao longo dos últimos dez anos, o papel do STF (Supremo Tribunal Federal) ganhou destaque no noticiário nacional. Raramente, na história dos três poderes que constituem o Estado brasileiro, o Judiciário se tornou um foco predominante de atenção da opinião pública, concorrendo nesse aspecto com o Legislativo e o Executivo, que em geral são o centro dos debates envolvendo a política nacional e a sociedade brasileira. Contudo, isso não só aconteceu, como também o Datafolha pôde aferir, em pesquisa recente, a avaliação que os brasileiros fazem da atuação do órgão máximo de nosso poder Judiciário, isto é, do STF. O trabalho da instituição é reprovado por 39% da população e considerado regular por 38%. Apenas 19% o julgam bom ou excelente. Levando isso tudo em consideração e a partir de seus conhecimentos da atualidade brasileira, desenvolva uma redação de cunho dissertativo-argumentativo sobre o tema Supremo Tribunal Federal e opinião pública, explicando por que, de acordo com o seu ponto de vista, o STF ganhou tanto destaque nos últimos anos e por que sua atuação não agrada à maioria da população brasileira. Os textos da coletânea vão ajudá-lo a refletir sobre o assunto.
Protagonismo da corte
A reprovação ao trabalho do STF (Supremo Tribunal Federal) é de 39%, segundo pesquisa Datafolha. Quatro em cada dez brasileiros avaliam a atuação do tribunal como ruim ou péssima, reprovação equivalente à do presidente Jair Bolsonaro (36%), dentro da margem de erro, mas inferior à do Congresso (45%).
A taxa dos que reprovam o tribunal é o dobro da dos que aprovam, avaliando seu desempenho como ótimo ou bom: 19%. Para 38%, o tribunal é regular e 4% não opinaram. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidas 2.948 pessoas nos dias 5 e 6 de dezembro de 2019 em municípios de todas as regiões do país.
Pela primeira vez, o Datafolha passou a incluir o Supremo na pesquisa por causa do protagonismo que a corte obteve.
"Nos últimos anos, as três esferas de poder federal têm se revezado no protagonismo do cenário político brasileiro, com intensa divulgação pela mídia tradicional e pelas redes sociais, disse Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do instituto. "Sobre a Presidência da República e o Congresso já existe um histórico de monitoramento da opinião pública. Faltava a avaliação do Judiciário, mais precisamente do Supremo, responsável, em última análise, por garantir direitos constitucionais", acrescentou.
Folha de S. Paulo (Editado)
STF e sociedade
O que faz alguém aprovar ou rejeitar o STF? O desejo de que vote de acordo com suas convicções pessoais? O Supremo deveria julgar levando em conta anseios populares. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, tratou deste assunto em entrevista concedida no estúdio da Folha e do UOL em Brasília. Para Barroso, embora o papel da corte seja, sobretudo, interpretar a Constituição, não há como fazê-lo, segundo suas palavras, num "vácuo". "A Constituição deve ser interpretada de acordo com os interesses da sociedade. Isso é diferente de opinião pública, que é passional. Uma vez filtrado o sentimento social pela Constituição, se passar, o Supremo fará muito bem em atendê-lo", disse o ministro.
Trecho editado de artigo de Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília, da Folha de S. Paulo
Como enviar sua redação
Seu texto deve ser escrito na modalidade formal da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ser digitada e ter, no mínimo, 800 caracteres e, no máximo, 3.000 caracteres.
De preferência, dê um título à sua redação.
Envie seu texto até 25 de janeiro de 2020.
Confira as redações avaliadas a partir de 1 de fevereiro de 2020.
A redação pode ser enviada para o e-mail: bancoderedacoes@uol.com.br
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica foram aceitas até 2012.Copyright UOL. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução apenas em trabalhos escolares, sem fins comerciais e desde que com o devido crédito ao UOL e aos autores