REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2020 Supremo Tribunal Federal e opinião pública
A lacuna entre sociedade e o governo
A principal função do Supremo Tribunal Federal é preservar e garantir a aplicação da Constituição Federal em decisões na qual há controversas controvérsias entre os poderes Legislativo e Executivo. Uma vez que a sociedade reflete diretamente nas leis e consequentemente na formação da Constituição, as opiniões e decisões públicas devem condizer com as do Supremo. Com isso, há razões quando isso não acontece e pode distanciar cada vez mais o povo da sua lei.
Com dados oferecidos pelo Datafolha, aproximadamente metade da população brasileira discorda das decisões e posições tomadas pelo STF. Isso pode corresponder a várias razões, entre elas a corrupção consolidada na esfera pública brasileira. Sabe-se que no histórico da política do país encontra-se encontram-se vários escândalos de desvio de verba e envolvimento com empreiteiras por parte dos políticos do país.
Isso refletiu drasticamente na sociedade e da na sua percepção sobre o envolvimento na vida pública e decisões políticas. Hoje o cenário político no país está separado da participação popular, pois vê-se que os interesses da população brasileira não são considerados em decisões cruciais quando tomadas pelo STF. Pode-se concluir que os interesses sociais estão dissociados dos interesses do STF devido a à massiva e constante onda de corrupção.
Dessa forma, se há desinteresse público, não há envolvimento da população na política e consequentemente maior espaço e oportunidades de executar e aplicar desvios de conduta ética e moral nas esferas políticas. Esse abismo entre sociedade e o governo faz com que o país retroceda cada vez mais e estagne em muitas áreas, como educação e saúde, que são as mais gritantes em necessidades e investimentos.
Em suma, a divergência entre o STF e a opinião pública reflete a inabilidade da sociedade em lidar com seu papel ligado a cidadania e a irresponsabilidade do governo em cumprir fielmente o que o STF deve fazer primordialmente. Mesmo sendo uma medida paliativa, uma sugestão a fim de minimizar esse abismo entre sociedade e governo é de erradicar todos os privilégios da classe de políticos e diminuir três vezes mais o salário exorbitante deles.
Comentário geral
Lamentavelmente, o texto é marcado por equívocos conceituais e por frases obscuras. Logo no primeiro parágrafo, temos uma definição equivocada sobre a principal função do Supremo, seguida por duas frases de sentido quase enigmático, se é que há algum sentido. O autor faz escolhas totalmente subjetivas de vocabulário e combina essas palavras de um modo quase aleatório. Eis um exemplo: "Uma vez que a sociedade reflete diretamente nas leis e consequentemente na formação da Constituição, as opiniões e decisões públicas devem condizer com as do Supremo". É o caso de perguntar: como assim? Se a sociedade se reflete nas leis, consequentemente ela está refletida na Constituição, que é a lei maior. Mas como ela se reflete na "formação" da Constituição? O que significa a "formação da Constituição"? E que dizer da ideia de que "as opiniões e decisões públicas devem condizer com as do Supremo"? Que opiniões, que decisões? A quem o autor se refere como "públicas"? Problemas do mesmo tipo se repetem a cada parágrafo, pelo que a maior parte do texto está assinalada em vermelho. O texto é um conjunto de afirmações obscuras, que nada comunicam ao leitor. Se há uma lacuna entre a sociedade e o governo, há muito mais lacunas nas declarações do texto.
Competências avaliadas
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Redações corrigidas
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