REDAÇÕES CORRIGIDAS - Março/2020 Carnaval e apropriação cultural
A afronta carnavalesca
Durante a colonização do Brasil, o índio foi sujeito a à imposição portuguesa de forma grotesca que apesar da sua bravura e resistência acabaram sendo contidos e escravizados. Nos dias atuais, depois do romance indianista, tal figura ganhou popularidade e debates nas redes sociais sociais, juntamente com outros símbolos culturais, a fim de que possam esclarecer se é correto o uso de fantasias que não façam parte do seu âmbito cultural.
A #índionãoéfantasia ganhou notoriedade quando a indígena Katú Mirim postou um vídeo nas redes sociais afirmando que tal fantasia é desrespeitosa e racista contra o seu povo povo, além de enaltecer o estereótipo do índio folclórico. É nesse período de que que as lojas começam a vender loucamente esse tipo de fantasia e que o brasileiro logo faz uma referência com a colonização e compra na tentativa de homenagear, mas quando perguntam aos ao mesmo, que povos estão sendo homenageado? não saberão responder e logo a fantasia deixa de ser um "singela homenagem" para se tornar mais uma peça de roupa que está apenas seguindo o rumo da moda.
Essas discursões discussões variam de época para época, não podemos confundir artifícios usados com o objetivo de trocas culturais a exemplo de intercâmbios, com essas tentativas banais semelhantes a de Alessandra Negrini de usar a cultura indígena para a autopromoção. Ainda no mesmo contexto há o "blackface", a prática de pessoas fenotipicamente brancas pintarem suas caras com tintas pretas, além da utilização de artifícios afro-americanos afroamericanos como turbantes, perucas blackpower, entre outros, na mesma ideia de homenagear, mas acaba sendo traduzido como apropriação cultural.
Diante dos fatos expostos, o homem branco já conquistou muito espaço e interferir dentro da cultura que não lhe pertence é algo inadmissível. Cabe a nós nós, a longo prazo prazo, educarmos as nossas crianças a dar valor a sua cultura e respeitar o espaço onde não lhe representa, a fim de que haja uma harmonia cultural além de repelir o uso exclusivo para a auto exaltação autoexaltação, sem relação com a realidade com a intenção de evitar possíveis afrontas.
Comentário geral
Lamentavelmente, o autor não demonstra domínio da linguagem escrita. Tanto a escolha do vocabulário, quanto sua combinação em frases que não observam minimamente as normas sintáticas, comprometem grande parte do texto. Logo no primeiro parágrafo, o autor fala em "imposição portuguesa de forma grotesca", expressão confusa e subjetiva para designar o domínio a que o colonizador submeteu o índio. O parágrafo começa falando em "índio" no singular e, em seguida, passa a tratá-lo no plural ("acabaram sendo contidos e escravizados"). A menção ao romance indianista é um equívoco, pois o índio tal qual mostrado na literatura romântica pouco tem que ver com a realidade do índio brasileiro. Dizer que o romance indianista colocou os índios nas redes sociais é um contrassenso. Quando o Indianismo estava no auge, evidentemente não havia redes sociais. Hoje, época das redes sociais, o Indianismo é conhecido somente nas aulas de literatura. Se há menções ao índio nas redes sociais, não é para esclarecer se é correto ou não usar fantasia de índio. Ao contrário, os debates mostram gente a favor e contra, sem tentativas de esclarecimento. Há aí também mais um erro de concordância ("tal figura... possam esclarecer..."). Se apenas no primeiro parágrafo se encontram tantos problemas, isso não quer dizer que o texto melhore. Os outros parágrafos também apresentam não só erros gramaticais quanto inconsistências linguísticas, marcadamente os problemas de sintaxe. Em meio ao caos que predomina no texto, no entanto, nota-se que o autor compreendeu o tema e tentou apresentar argumentos em defesa do seu ponto de vista, no qual a apropriação cultural é uma afronta. Isso é bom, mas também é prejudicado pelos problemas de linguagem que impedem o estabelecimento de uma comunicação clara entre o autor e o leitor.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
Os textos desse bloco foram elaborados por internautas que desenvolveram a proposta apresentada pelo UOL para este mês. A seleção e avaliação foi feita por uma equipe de professores associada ao Banco de redações.
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