REDAÇÕES CORRIGIDAS - Janeiro/2020 Supremo Tribunal Federal e opinião pública
A democracia estende-se ao STF
Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal ganhou destaques nos debates públicos, principalmente no afastamento da então presidente Dilma Rousseff, na aprovação e recuo da prisão em segunda instância e em algumas polêmicas decisões políticas. O STF, diferentemente do Executivo e do Legislativo, não tem como critério primário ponderar suas ações para agradar a opinião pública, mas garantir o respeito à Constituição. No entanto, a pressão do interesse social sobre a alta maior instância judiciária fortalece a democracia e a supervisão fiscalização dos ministros.
Em primeiro lugar, o desejo e insatisfação da população, manifestados e levados em consideração, são sinais de uma democracia consolidada, que se adapta para se manter. A revogação da prisão após julgamento em segunda instância, por exemplo, possuiu um claro equilíbrio entre o desejo do povo e o permitido pela Carta, a ponto de o presidente da Corte deixar claro clara a possibilidade de alterar-se a lei posteriormente. Tal fato demonstra revela os mecanismos do Poder Estado à nação, tornando as pessoas mais sábias quanto às regras democráticas e, logo, repudiadora repudiadoras dos seus infratores. Ressalva-se, porém, que a escolha pela norma nem sempre é de gosto popular, à semelhança da de deixar o réu recorrer em liberdade.
Somada a esse benefício democrático, a atenção da sociedade dada à Suprema Corte evidencia o caráter profissional dos de seus membros, enquanto prestadores de serviços à sociedade; e a necessidade de excelência nas funções - sobretudo de defender a Lei Maior -, sob pena de o congresso Congresso adquirir apoio para impedir os ministros. Ou seja, o olhar atento dos cidadãos pode constranger o STF a não repetir desvios, os quais corroboraram as críticas coletivas, como favorecer a candidatura da presidente Dilma, quando a Lei diz que não, e intervir em bancos de dados financeiros, aparentemente sem critério aceitável.
Dessa forma, embora caótica, a discussão sobre os atos do Supremo reflete o aperfeiçoamento da democracia. Para validar a influência do povo no judiciário, agora, é necessário que os ministros passem a falar à nação em linguagem menos técnica, explicando o porquê de não aceitar a legitimidade do querer popular. Assim, a sociedade compreenderá o STF, além de participar das decisões políticas e judiciárias com maior sabedoria
Comentário geral
Não há muito o que dizer sobre o texto, exceto que ele demonstra domínio do autor em linguagem escrita e na estrutura da dissertação argumentativa e mais especificamente em argumentação. A linguagem é clara e o autor soube expor e defender o seu ponto de vista. Se há problemas, são problemas de estilo, mas num nível acima do que deve ser avaliado em uma redação do Ensino Médio. Há poucos erros de linguagem, corrigidos em verde, assim como algumas palavras que sugerimos na mesma cor por considerar que refletem melhor o que o autor tinha em mente. A reflexão feita sobre o aperfeiçoamento da democracia no país é original, à medida que escapa da polarização que envolve o tema, e a sugestão de intervenção feita na conclusão, apesar de simples, é muito pertinente. O texto merece, além da nota máxima, nossas congratulações.
Competências avaliadas
As notas são definidas segundo os critérios da pontuação do MEC
Redações corrigidas
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