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TEMA ATUAL - Janeiro/2017 Somos todos corruptos?

Nos últimos anos, houve muitas manifestações contra a corrupção em praticamente todos os estados brasileiros. No entanto, o problema não se limita ao âmbito político e está disseminado nacionalmente. - Antonio Cruz/ABr
Nos últimos anos, houve muitas manifestações contra a corrupção em praticamente todos os estados brasileiros. No entanto, o problema não se limita ao âmbito político e está disseminado nacionalmente. Imagem: Antonio Cruz/ABr

Antonio Carlos Olivieri, da Página 3 Pedagogia & Comunicação

01/01/2017 07h00

Uma foto que viralizou nas redes sociais – com mais de 70 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos – gerou um debate sobre as pequenas corrupções do dia a dia e o popular "jeitinho brasileiro". "As pessoas defendem o fim da corrupção, mas não se dão conta de que suas próprias atitudes são corruptas", foi a conclusão a que chegou a autora da foto em questão. Você concorda com ela? De fato, há muita gente que considera a gigantesca corrupção no âmbito político –  que atinge os três poderes da República, bem como governos estaduais e municipais, – como um reflexo de uma atitude comum à maioria dos brasileiros: a malandragem, o "jeitinho", a vontade de levar vantagem em tudo. O que você pensa disso? Acredita que há corrupção em todos os níveis da sociedade brasileira? Somos todos corruptos? Ou isso é somente um estereótipo, uma imagem que, de fato, não nos reflete como povo? Afinal, nós, brasileiros, somos honestos ou desonestos? Redija uma dissertação argumentativa, expondo e defendendo seu ponto de vista sobre o assunto. 

  • Isotônico grátis

    Uma foto que viralizou nas redes sociais – com mais de 70 mil curtidas e 15 mil compartilhamentos – gerou um debate sobre as pequenas corrupções do dia a dia e o popular "jeitinho brasileiro", à luz do atual momento vivido pelo país.

    A imagem retrata uma mulher que, munida de uma sacola, teria usado a identidade de várias amigas para apanhar a maior quantidade de bebida isotônica em uma campanha de distribuição gratuita do produto na rua.

    O episódio foi relatado pela paulistana Natália Bilibio, 27, em sua conta pessoal no Facebook. Ela conta que estava em um ponto de ônibus no fim da tarde da última quinta (8) perto da avenida Paulista, em São Paulo, aguardando a condução de volta para casa, quando observou uma cena que a deixou "indignada".

    "Vi uma mulher com uma sacola de pano, dessas de supermercado, usando o CPFs de amigas para retirar o maior número possível de Gatorades (marca de bebida isotônica) de uma máquina instalada ao meu lado", relembra Natália à BBC Brasil.

    A campanha, do banco Santander, distribuía o produto gratuitamente a pedestres. A única exigência para obtê-lo era digitar o CPF. "Vi a máquina sendo abastecida no dia anterior. Inicialmente, ela entrou na fila e pegou dois Gatorades. Em seguida, começou a ligar para as amigas e pedir o CPF delas para pegar mais e mais. Não me contive e a repreendi", diz Natália.

    "Perguntei se ela estava com a consciência tranquila. Ela disse que sim. A partir daí, começou a me xingar e gritar comigo", completa. Natália acrescenta que, como voltou à fila diversas vezes, a mulher acabou com o estoque do produto.

    "Pelas minhas contas, ela deve ter pego, no mínimo, dez Gatorades. Pessoas que chegaram depois não conseguiram mais pegar a bebida", avalia. "Nossa discussão durou cerca de dez minutos, até eu tomar o ônibus de volta para casa. Ela continuou me xingando e gritando da rua", acrescenta.

    Ao voltar para casa, Natália decidiu postar a foto. "As pessoas defendem o fim da corrupção, mas não se dão conta de que suas próprias atitudes são corruptas", sentencia Natália.

    Em seu Facebook, os usuários criticaram a atitude da mulher. A BBC Brasil não conseguiu ouvir sua versão dos fatos uma vez que a identidade da mulher não foi revelada. "Como teremos um governo decente se as pessoas pensam dessa maneira? Lembrem-se de que a mudança deve começar por nós, pela base!", escreveu um usuário.

    "O problema do Brasil é o brasileiro", acrescentou outro. "O famoso ditado 'farinha pouca, meu pirão primeiro'. Muito feio. Não é o mundo que está difícil e ruim. São as pessoas que habitam nele que estão se tornando cada vez mais intratáveis e menos altruístas. Pobres de espírito, pobres de afeto pelo próximo", descreveu uma usuária.

    [Folha de S. Paulo, editado]

  • Observações

    Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.

    Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa.

    Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração.

    A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.

    De preferência, dê um título à sua redação.

    Envie seu texto até 25 de janeiro de 2017.

    Confira as redações avaliadas a partir de 1 de fevereiro de 2017.

    A redação deve ser digitada e enviada para o e-mail: bancoderedacoes@uol.com.br

     

Os textos publicados antes de 1º de janeiro de 2009 não seguem o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A grafia vigente até então e a da reforma ortográfica foram aceitas até 2012.

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