Cerca de 500 PMs foram mobilizados para protesto no centro do Rio
Cerca de 500 policiais militares estão nos arredores da Igreja Nossa Senhora da Candelária, no centro do Rio de Janeiro no final da tarde desta segunda-feira (7). Segundo a PM (Polícia Militar), também há "forças de choque de diversas unidades que podem ser mobilizadas para o local". Eles vão acompanhar a manifestação em apoio aos professores municipais e estaduais que estão em greve há quase dois meses.
Até as 17h30, também segundo a PM, não foi registrado nenhum incidente. Segundo estimativa informal de PMs no local, já há cerca de 2.000 pessoas.
As avenidas Rio Branco e Presidente Getúlio Vargas já estão interditadas pelos manifestantes na altura da Candelária.
O protesto foi combinado pelas redes sociais e os organizadores pretendem juntar um milhão de pessoas contra "a intransigência e a truculência dos governos do Estado e do munícipio em relação à proposta feita pelos educadores sobre melhorias na educação".
A manifestação deve interromper o trânsito na Avenida Rio Branco até a região da Cinelândia. A ideia é recuperar o fôlego dos movimentos de junho, quando ocorriam protestos toda segunda e quinta-feira no centro da cidade.
Na semana passada, os vereadores do Rio votaram em caráter de urgência um plano de cargos e salários enviado pelo prefeito Eduardo Paes. A votação ocorreu a portas fechadas e causou grande revolta entre os docentes, que não concordam com a proposta. Do lado de fora da Câmara, houve confronto com a polícia, que armou um bloqueio no entorno da casa legislativa e reprimiu os manifestantes com violência.
Dias antes, um grupo de professores municipais que havia ocupado o plenário do Palácio Pedro Ernesto para evitar a votação já havia sido removido com uso de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a madrugada. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) respondeu com a manutenção da greve e um protesto pacífico com cerca de 4 mil pessoas em frente à prefeitura.
A entidade pede a retomada da negociação, mas Paes afirma que o sindicato não cumpriu três acordos assinados em reuniões preliminares à proposta. O Sepe questiona na Justiça a legalidade da votação que resultou no plano. A greve dos professores estaduais e municipais, que reivindicam também o fim da chamada meritocracia, reajustes salariais e que um terço da carga horária seja usada no planejamento de aulas, começou no dia 8 de agosto.
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