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Cerca de 500 PMs foram mobilizados para protesto no centro do Rio

Giuliander Carpes e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/10/2013 17h37Atualizada em 07/10/2013 23h11

Cerca de 500 policiais militares estão nos arredores da Igreja Nossa Senhora da Candelária, no centro do Rio de Janeiro no final da tarde desta segunda-feira (7). Segundo a PM (Polícia Militar), também há "forças de choque de diversas unidades que podem ser mobilizadas para o local". Eles vão acompanhar a manifestação em apoio aos professores municipais e estaduais que estão em greve há quase dois meses.

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Até as 17h30, também segundo a PM, não foi registrado nenhum incidente. Segundo estimativa informal de PMs no local, já há cerca de 2.000 pessoas.

As avenidas Rio Branco e Presidente Getúlio Vargas já estão interditadas pelos manifestantes na altura da Candelária. 

O protesto foi combinado pelas redes sociais e os organizadores pretendem juntar um milhão de pessoas contra "a intransigência e a truculência dos governos do Estado e do munícipio em relação à proposta feita pelos educadores sobre melhorias na educação".

A manifestação deve interromper o trânsito na Avenida Rio Branco até a região da Cinelândia. A ideia é recuperar o fôlego dos movimentos de junho, quando ocorriam protestos toda segunda e quinta-feira no centro da cidade.

Na semana passada, os vereadores do Rio votaram em caráter de urgência um plano de cargos e salários enviado pelo prefeito Eduardo Paes. A votação ocorreu a portas fechadas e causou grande revolta entre os docentes, que não concordam com a proposta. Do lado de fora da Câmara, houve confronto com a polícia, que armou um bloqueio no entorno da casa legislativa e reprimiu os manifestantes com violência.

Dias antes, um grupo de professores municipais que havia ocupado o plenário do Palácio Pedro Ernesto para evitar a votação já havia sido removido com uso de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a madrugada. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) respondeu com a manutenção da greve e um protesto pacífico com cerca de 4 mil pessoas em frente à prefeitura.

A entidade pede a retomada da negociação, mas Paes afirma que o sindicato não cumpriu três acordos assinados em reuniões preliminares à proposta. O Sepe questiona na Justiça a legalidade da votação que resultou no plano. A greve dos professores estaduais e municipais, que reivindicam também o fim da chamada meritocracia, reajustes salariais e que um terço da carga horária seja usada no planejamento de aulas, começou no dia 8 de agosto.