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Professores da rede estadual ocupam prédio do governo no centro do Rio

Do UOL, em São Paulo

04/09/2013 16h39Atualizada em 04/09/2013 17h05

Os profissionais da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro ocupam na tarde desta quarta-feira (4) o térreo de um prédio do governo - onde funcionam setores da Secretaria de Educação -, na rua da Ajuda, na região central da cidade. Em assembleia realidade hoje, os professores decidiram manter a greve.

A categoria está em greve desde o dia 8 de agosto e exige uma audiência com o vice-governador Pezão para continuar a negociação. A próxima assembleia será realizada no dia 11 de setembro, às 14h. 

Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ), um grupo de representantes da categoria já conversou com o subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker. Ainda de acordo com o sindicato, o subsecretário se comprometeu a intermediar a reunião com o vice-governador.

“Inapropriada e lamentável”

Em nota, a secretaria afirma que a sede da secretaria não fica mais na rua da Ajuda, onde ocorre a ocupação e que outras secretarias funcionam no local. “A atitude dos sindicalistas, para a Secretaria, é inapropriada e lamentável, pois ocorreu após a reunião desta quarta-feira (4), solicitada pelo Sepe. Essa é mais uma demonstração de que o sindicato não busca negociação”, diz o texto.

A secretaria ainda diz que fez quatro reuniões com o Sepe desde o início da greve. “A Seeduc, no entanto, lamenta que o sindicato já vá para os encontros pré-determinados a manter a greve. Exemplo disso está no fato de, na ata assinada nesta quarta-feira, o Sepe já ter solicitado ‘nova audiência com a Seeduc antes da próxima assembleia prevista para 11/09/2013’.”

Justiça

Nesta quarta, a Justiça do Rio concedeu uma decisão favorável ao Governo do Rio e determinou a suspensão imediata da greve na rede estadual. Em caso de descumprimento, o Sepe será multado em R$ 300 mil, por dia. Segundo o desembargador Mário dos Santos Paulo, do Órgão Especial do TJ-RJ, a greve deve ser encerrada em 24 horas.

O Sepe disse que pretende recorrer da decisão.

Segundo a secretaria, a intenção é não deixar que os estudantes fiquem sem aulas, principalmente às vésperas do Enem, que ocorre em outubro. Hoje, cerca 800 professores faltaram ao trabalho e mais de 30 mil alunos perderam aulas.