Cerca de 5.000 professores seguem para Cinelândia, no centro do Rio
Cerca de 5.000 manifestantes seguem em direção à Câmara Municipal de Vereadores, na praça da Cinelândia, no centro do Rio. A estimativa é do Sepe, sindicato dos professores. Segundo a PM (Polícia Militar), há 2.000 pessoas no protesto.
Um grupo de manifestantes mascarados já faz o cordão que abre a passeata -- como costumam fazer os Black Blocs. Eles carregam também escudos do tamanho dos escudos da PM. Na sequência e um tanto afastados começa o grupo de professores puxado pelo sindicalistas.
A reportagem do UOL no local não visualizou nenhum policial fardado na concentração da passeata ou no percurso entre a Candelária e a avenida Rio Branco na altura da rua Buenos Aires. A PM reafirmou ao UOL, por meio de sua assessoria, que há 500 PMs fardados na concentração e acompanhando a passeata.
Gritos de guerra
Na passeata, os manifestantes gritam: "Mas que vergonha, mas que horror! Sérgio Cabral mandou bater em professor". Outra que eles estão repetindo no caminho é: "professor é meu amigo; mexeu com ele, mexeu comigo".
O protesto foi combinado pelas redes sociais e os organizadores pretendem juntar um milhão de pessoas contra "a intransigência e a truculência dos governos do Estado e do município em relação à proposta feita pelos educadores sobre melhorias na educação".
A manifestação deve interromper o trânsito na Avenida Rio Branco até a região da Cinelândia. A ideia é recuperar o fôlego dos movimentos de junho, quando ocorriam protestos toda segunda e quinta-feira no centro da cidade.
Na semana passada, os vereadores do Rio votaram em caráter de urgência um plano de cargos e salários enviado pelo prefeito Eduardo Paes. A votação ocorreu a portas fechadas e causou grande revolta entre os docentes, que não concordam com a proposta. Do lado de fora da Câmara, houve confronto com a polícia, que armou um bloqueio no entorno da casa legislativa e reprimiu os manifestantes com violência.
Dias antes, um grupo de professores municipais que havia ocupado o plenário do Palácio Pedro Ernesto para evitar a votação já havia sido removido com uso de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a madrugada. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) respondeu com a manutenção da greve e um protesto pacífico com cerca de 4 mil pessoas em frente à prefeitura.
A entidade pede a retomada da negociação, mas Paes afirma que o sindicato não cumpriu três acordos assinados em reuniões preliminares à proposta. O Sepe questiona na Justiça a legalidade da votação que resultou no plano. A greve dos professores estaduais e municipais, que reivindicam também o fim da chamada meritocracia, reajustes salariais e que um terço da carga horária seja usada no planejamento de aulas, começou no dia 8 de agosto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.