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Em Brasília, estudantes do Enem reclamam de prova de química

Mariana Jungmann

Da Agência Brasil, em Brasília

08/11/2014 20h50

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve provas mais fáceis na área de humanas, mas bem difíceis em química. Essa foi a opinião das amigas Jessica Júlia Barbosa, Jessyca Reis, Jéssica Manuelle Frazão e Jhully Ranielle da Silva, que fizeram o exame em Brasília. Cientes da alta concorrência para a Universidade de Brasília (UnB), para a qual todas tentam uma vaga, as quatro fazem planos, mas procuram ser realistas sobre as chances de passar.

“Eu sou do Pará, então se der para passar lá, eu vou. Porque aqui é muito concorrido”, diz Jhully, 18, que tenta uma vaga para o curso de direito. Ela conta que teve um pouco de dificuldade para chegar ao local da prova, na Asa Sul - Plano Piloto de Brasília - porque mora na Asa Norte e não sabia, no momento da inscrição, que poderia escolher fazer a prova perto de casa. “Uns amigos do cursinho disseram que podia fazer essa escolha, mas aí eu já tinha feito a inscrição”, conta.

Trocando ideias com Jhully sobre a prova, a amiga Jéssica Frazão, que tenta uma vaga para odontologia, também é realista sobre a concorrência. Mesmo assim, ela não perde a esperança de conseguir uma vaga na UnB. “Eu sempre penso que se tiver 40 vagas para odontologia, vai ter 40 pessoas que estudaram mais do que eu. Então, se não der, vou tentar de novo ou vou ver os cursos para os quais tenho nota para passar. Mas quero alguma coisa na área de saúde, com certeza”, diz.

Para Jessica Julia Barbosa, de 21 anos, que tenta uma vaga para direito, a prova de química foi a grande dificuldade de hoje. “A primeira parte, de ciências humanas, não estava tão difícil, deu para fazer bem. Mas a segunda, com química, foi mais difícil”, conta. Além de ter dificuldade com a matéria, a estudante conta que o cansaço do fim da prova pesou na hora de resolver as questões.

Para a colega Jessyca Reis, química foi mesmo a matéria mais complicada de hoje, mas o grande problema será a prova de redação, amanhã. “Redação é o terror. Me preparei pesquisando tudo que podia cair, tudo de atualidades, mas acho que vai ser difícil”, disse.

Mas o que é dificuldade para uns, pode ser o grande trunfo de outros.  José Carlos de Oliveira, de 59 anos, tenta uma vaga para o curso de filosofia. Já formado em direito e análise de sistemas, ele acredita que seu diferencial pode ser justamente a prova de redação. Ele concorda com as outras estudantes e diz que a prova de química foi a mais difícil deste sábado. “A parte de humanas estava boa, mas química estava bem difícil. Ainda tem amanhã, que tem redação, aí acho que vou sair melhor”, disse.

José Carlos pretende aproveitar a aposentadoria para fazer um novo curso universitário. “Eu sempre gostei de filosofia, já estudo por conta própria. Agora, quero aproveitar que tenho tempo para fazer a faculdade”, disse.

Além de redação, os estudantes farão provas, amanhã, de linguagens e códigos e matemática, ao longo de mais de cinco horas de exame. O gabarito do Inep deve ser divulgado até quarta-feira (12) e o resultado individual sai em janeiro.