Saiba como se preparar para a 2ª fase da Fuvest
Resumo da notícia
- Provas são dissertativas e serão realizadas nos dias 5 e 6 de janeiro
- Professores recomendam realizar provas anteriores e buscar concisão nas respostas
- Prova de redação não costuma trazer temas da atualidade
Os convocados para segunda fase da Fuvest, responsável pelo processo seletivo da USP (Universidade de São Paulo), irão fazer as provas dissertativas nos dias 5 e 6 de janeiro.
O primeiro dia de prova é dedicado ao exames Redação e de Português. O segundo dia traz uma prova com 12 questões dissertativas e, dependendo da carreira escolhida pelo candidato, pode ter a incidência de duas a quatro disciplinas do Ensino Médio.
A poucos dias do exame, como o candidato pode estudar? O UOL conversou com professores do Sistema Poliedro e do Oficina do Estudante sobre como se preparar para a segunda fase da Fuvest.
Equilibre feriados e estudo
O Natal e o Ano Novo são datas que caem pouco antes da prova. Apesar de parecer um cenário de escolhas difíceis, a prioridade deve ser o estudo. "O aluno não precisa ficar fora dessas festividades. Mas deve cumprir o plano de estudo normalmente como em um dia útil qualquer. E outro ponto importante é que o estudante terá as famílias reunidas, e precisa abdicar de se estender nesses momentos que, comumente, são de lazer", diz Leandro Baldo, coordenador pedagógico da Oficina do Estudante. A dica é manter um equilíbrio entre a rotina de estudo e os momentos de lazer.
Resolva provas anteriores da segunda fase
Treine para a 2ª fase com a resolução de provas anteriores. Além de entender as características da prova e o seu nível de dificuldade, resolver as questões antigas ajuda a descobrir os assuntos que precisam ser revisados. A dica é separar um dia apenas para um "simulado" em que o candidato resolva a prova inteira. O ideal é simular o tempo da prova e a quantidade de questões de cada disciplina. No site da Fuvest, é possível baixar as provas de 2ª fase dos anos anteriores para esse treino.
Priorize as disciplinas da carreira
Na hora de priorizar os estudos, entender quais são os conteúdos que costumam aparecer com maior frequência e conhecer o nível de profundidade do exame faz a diferença. É importante que o estudante se atente às disciplinas da sua carreira para evitar um gasto desnecessário de energia.
A revisão teórica, exercícios, simulados e o treino com provas anteriores são as recomendações dos professores para que os candidatos entendam como os assuntos foram pedidos. "Deve-se ficar atento para não entrar na zona de conforto de só priorizar as disciplinas que se tem afinidade. O estudante deve fazer uma equalização entre os conteúdos que mais aparecem e os que ele menos domina para montar um plano de estudos específico para o seu objetivo", lembra Fernando da Espirito Santo, gerente de inteligência educacional e avaliações do Sistema Poliedro.
Assuntos não cobrados na primeira fase caem mais?
Uma dúvida comum é se assuntos não cobrados na primeira fase apresentam maior tendência de aparecerem na segunda fase. Segundo os professores, a resposta é sim. Mas isso não significa que o estudante deve deixar algum assunto de lado. "Pode ocorrer que os mesmos assuntos caiam na segunda fase. É recomendado ver e refazer as questões que o estudante errou na primeira para não cometer os mesmos erros em outros vestibulares", recomenda Leandro Baldo.
Releia resumos e mapas mentais
Não existe tempo hábil para ler todo o conteúdo das disciplinas com profundidade. Esquemas de resumos, fichas e mapas mentais elaborados ao longo do ano são grandes aliados na hora de revisar a matéria.
Treine a resolução de questões dissertativas
A segunda fase da Fuvest envolve a resolução de questões dissertativas. Por isso, cuidado. Os professores recomendam que o candidato seja conciso e claro na sua resolução, colocando de maneira objetiva o que foi questionado. Escreva com clareza e responda apenas o que for pedido.
"Escrever muito não é sinônimo de uma resposta correta. Fazer explicações redundantes ou mesmo envolver conceitos distantes daqueles que estão sendo cobrados pode comprometer a avaliação. É preciso treinar a resolução de questões dissertativas, tanto pela complexidade dos assuntos como pela dinâmica de limitar-se ao espaço reservado", conta Fernando da Espiritu Santo.
O professor Leandro Baldo também lembra da importância de treinar a escrita a caneta. "Se o avaliador da prova não consegue entender direito uma resposta devido a garranchos ou à desorganização do conteúdo, isso pode gerar um empecilho para o corretor. Treinar essa escrita no vestibular, que agora é dissertativa, é importantíssimo".
Dica para a prova de Humanas
Treinar com provas anteriores também ajuda a testar uma prova marcada pela complexidade dos assuntos e pelo desafio de usar somente o espaço reservado. A prova pode trazer imagens de apoio (como mapas, charges e obras de arte) e textos literários para contextualizar contextos históricos.
"É válido ressaltar que a parte de Humanas, como um todo, foca em habilidades de explicação e descrição, então há espaço para que o aluno desenvolva amplas análises. Porém, é necessário que o aluno tenha precisão e foque em atender ao que está sendo pedido, sem divagações", avalia Jéssika Anastácio, coordenadora de Avaliações Educacionais do Sistema Poliedro.
Dica para a prova de Exatas
Para os estudantes que farão provas de exatas na segunda fase da Fuvest, é importante lembrar da concisão e resolver exercícios por escrito. O candidato terá que escrever e desenvolver um raciocínio ou mostrar o passo a passo da resposta. "Enunciar o uso de Teoremas, escrever as fórmulas antes de substituir valores e destacar respostas finais são boas práticas que ajudam a não perder pontos", explica Fernando da Espírito Santo.
Entenda e treine o formato da redação
A redação é do gênero dissertativo-argumentativo. Gabriela de Araújo Carvalho, coordenadora de Redação do Curso Poliedro, lembra que a prova da Fuvest é diferente do Enem. "O vestibular da Fuvest vai pedir que o candidato faça uma relação sociológica com o tema. É importante tentar entender o fenômeno que está sendo proposto. Então criar relações de causa, consequências, finalidade, de pertencimento ou da parte pelo todo, para tentar cobrir aquilo que a prova pede", recomenda.
A dica da coordenadora é escrever sobre temas anteriores para testar a argumentação e o formato de texto exigido. "A Fuvest traz algumas temáticas que são recorrentes. Não é uma prova que cobra muitas atualidades. É preciso entender a estrutura e a filosofia da prova. E isso se faz observando a complexidade dos temas anteriores".
Leia as atualidades para a prova de Humanas
Acontecimentos recentes são recorrentes nas provas de humanas (relembre os principais temas de 2019) e servem como gancho para abordar conteúdos das mais diversas disciplinas. "Para realizar uma boa prova dissertativa de Ciências Humanas, é importante que os estudantes se informem e tenham um repertório de atualidades", recomenda a professora Jéssika Anastácio.
A dica dela é que o estudante leia notícias e tenha em mente as atualidades de pelo menos dois anos anteriores à prova. "Principalmente em Geografia, acontecimentos recentes podem ser utilizados para mobilizar questões que tratam de geopolítica, urbanização e Geografia física, solicitando análises de causas e consequências", explica.
Leia as obras obrigatórias
Aproximadamente 40% dos assuntos cobrados nas questões dissertativas de Português abordam as obras literárias de leitura obrigatória (veja aqui um resumo). O estudante precisa ler toda a lista e vale a revisão de resumos. "Mesmo se alguma obra já tenha sido cobrada na primeira fase, todos os livros possuem iguais chances de aparecerem na segunda fase. Ou seja, a dica é revisar tudo de um modo uniforme", diz Fernando da Espírito Santo.
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