Prefeitura de SP vai decidir em setembro se aulas voltam ou não em 2020
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), admitiu hoje a possibilidade de as aulas não voltarem neste ano na capital. Segundo Covas, uma nova fase do estudo sorológico realizado com alunos da cidade, que será feito em meados de setembro, permitirá que a prefeitura decida se as escolas serão reabertas em 2020 ou apenas em 2021.
"Entre 10 e 15 de setembro devemos ter a terceira fase do inquérito realizado com crianças, abrangendo não só alunos da rede municipal mas também os da rede estadual e da rede privada na cidade de São Paulo. A partir dessa terceira fase, a prefeitura vai então decidir se teremos ou não retorno às aulas neste ano na cidade de São Paulo", disse.
A prefeitura da capital paulista divulgou hoje os resultados da segunda etapa do inquérito sorológico realizado com alunos da rede municipal de ensino. Os dados mostram que o percentual de alunos que já possuem anticorpos contra o novo coronavírus —e, portanto, já foram infectados pela covid-19— foi de 16,1% para 18,3%.
Os resultados também indicam que a proporção de assintomáticos subiu em relação ao último levantamento e foi de 64,4% para 69,5%.
Covas afirmou, no entanto, não ser possível identificar ainda se há uma tendência de alta no contágio entre os alunos. "É preciso aguardar mais uma fase para se verificar se há uma tendência de subida ou se o número [de imunizados] vai permanecer entre 16% e 18%", disse Covas.
Decisão valerá para todos os alunos na cidade
O prefeito destacou que a decisão sobre a retomada das aulas presenciais fica a cargo da área da saúde. Covas afirmou ainda que o que for decidido valerá para todos os alunos da cidade de São Paulo, sejam eles de escolas da rede municipal, da rede privada ou da rede estadual.
A partir do momento que a área da saúde decidir, vale para a rede municipal, privada e estadual", disse. "A rede municipal está para qualquer que seja a decisão, seja para retomar neste ano ou no ano que vem
Bruno Covas, prefeito de São Paulo
O secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, afirmou que não haverá retenção para os alunos da rede municipal neste ano e disse que a pasta já trabalha na definição dos conteúdos que devem ser priorizados na aprendizagem.
Covas voltou a defender a decisão do município por não permitir a reabertura parcial das escolas em setembro, para a realização de atividades de acolhimento e reforço, como autorizado pelo governo do estado. O prefeito destacou que, além de quase 70% das crianças serem assintomáticas, mais de 25% moram em residências com idosos, grupo de maior vulnerabilidade da pandemia.
Na avaliação da prefeitura, os dados apontam para um potencial de disseminação silenciosa do coronavírus entre escola, família e comunidade.
A pesquisa foi realizada com 6.000 alunos com idades entre 4 e 14 anos. Ao todo, 6.000 estudantes fizeram os testes sorológicos. Dos alunos testados, 26,3% moram com idosos acima de 60 anos —o número era de 25,9% na etapa anterior.
Os dados também mostram que, entre pretos e pardos, o percentual de pessoas com anticorpos para a covid é de 20%, enquanto entre brancos é de 16,1%.
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