SP: secretário da Educação descarta greve dos professores em volta às aulas
Rossieli Soares, o secretário da educação do estado São Paulo, disse à CNN que, por enquanto, descarta a possibilidade de greve de professores na volta às aulas em meio à pandemia do coronavírus.
"O sindicato já se posicionou contrário ao retorno às aulas, mas ainda não tem falado de greve. Não acreditamos, neste momento, que haverá greve", disse.
O governo marcou o retorno das atividades extracurriculares presenciais para o próximo dia 8 de setembro na rede estadual, com retorno de aulas regulares em 7 de outubro. Quatro sindicatos dos professores de São Paulo acionaram a Justiça para tentar barrar a decisão.
Rossieli comentou à CNN que está "em um diálogo intenso" com os professores da rede: "Temos que mostrar as condições, que tem álcool em gel, máscara para todo mundo, que o procedimento é mais seguro. [...] É claro que existe receio, mas temos que trabalhar para dar segurança para os profissionais".
Sobrecarga e grupo de risco
O secretário ainda falou sobre um dos receios da categoria, que acredita que os professores ficarão sobrecarregados com a responsabilidade de dar aulas presenciais e online, para os alunos que não forem à escola.
Rossieli disse que a secretaria está "organizando algumas coisas" para evitar o problema, mas não deu detalhes. "Obviamente eu não posso, nem devo, seria péssimo obrigar o professor a trabalhar mais do que sua carga horária. Eu tenho batido muito nesta tecla, tem que ter um equilíbrio", disse.
O secretário, por fim, reiterou que indivíduos incluídos nos grupos de risco do coronavírus não devem voltar às atividades presenciais: "Seja estudante, professor, funcionário: grupo de risco não volta. [...] 'Ah, mas eu sou grupo de risco e quero ir'. [...] A gente respeita isso. Mas não é a regra".
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