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Após fala de Ribeiro, MEC diz ter compromisso com educação especial

Ministro depois pediu desculpas "a quem se sentiu ofendido"  - Isac Nóbrega/PR
Ministro depois pediu desculpas "a quem se sentiu ofendido" Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

20/08/2021 13h19

O MEC (Ministério da Educação) divulgou uma nota na noite de ontem reforçando o pedido de desculpas do ministro Milton Ribeiro por declarar, em entrevista à TV Brasil, que alunos com deficiência "atrapalham" o aprendizado dos demais. A declaração foi dada na semana passada.

Quase uma semana após a fala, Ribeiro, declarou que existem crianças com "um grau de deficiência que é impossível a convivência" nas escolas. Nas redes sociais, ontem, o ministro depois pediu desculpas "a quem se sentiu ofendido" e indicou que "algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada".

Em nota, a pasta informou que "reforça o seu compromisso na implementação de ações e políticas públicas voltadas à educação especial, a fim de promover o desenvolvimento educacional dos estudantes com deficiência".

Segundo o MEC, "a nova política adotada pelo Governo Federal amplia os direitos, opções e o respeito à escolha das famílias, que são as únicas conhecedoras de suas realidades singulares".

Em outubro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou via decreto que o governo federal, estados e municípios deviam oferecer "instituições de ensino planejadas para o atendimento educacional aos educandos da educação especial que não se beneficiam, em seu desenvolvimento, quando incluídos em escolas regulares inclusivas e que apresentam demanda por apoios múltiplos e contínuos".

O texto foi alvo de questionamento no STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a nova política dois meses depois, em outubro do mesmo ano.

"O ministro da Educação, Milton Ribeiro, já manifestou publicamente seu pedido de desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas e reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de políticas públicas que contemplem de fato as necessidades das modalidades especializadas", acrescenta a nota do MEC.