Mulher, mulherão; moça... mocetona. Essa regra 'causou', mas faz sentido?

Qual é o aumentativo de moça? Se você pensou em "moçona", está... errado. O correto seria "mocetona".

Um vídeo em que um professor mostra formas aumentativas não usuais de alguns substantivos viralizou nas redes sociais nesta semana. Palavras como "copázio" (aumentativo de "copo") e "bocarra" (de boca), por exemplo, surpreenderam.

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O que diz a regra gramatical?

O grau aumentativo é usado principalmente para indicar um substantivo de tamanho maior do que a média ou para transmitir a ideia de intensidade, admiração ou desprezo, conforme o contexto.

Os aumentativos são formados pela junção de sufixos a uma palavra no grau normal. Alguns dos mais comuns na linguagem cotidiana são "-ão", "-ona" e "-alhão", por exemplo.

Na palavra "mocetona", no caso, são dois sufixos: moça + ete + ona.

No entanto, o professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da UFRGS, Sergio Menuzzi, explica que essa é uma formação muito antiga, que não reflete os processos morfológicos (de formação das palavras) atuais.

Outros sufixos menos usuais também compõe~m a lista:

-(z)arrão
-eirão
-aça
-aço
-ázio
-uça
-anzil
-aréu
-arra
-orra
-astro
-az

Mas você não está errado em não utilizá-los no dia a dia. Para Menuzzi, o uso dos sufixos "-ão" ou "-ona" é perfeitamente comum e corriqueiro.

Sendo usados em formas bastante coloquiais, muitas palavras não são encontradas no dicionário — por isso, pode ser que algum purista 'torça o nariz' para elas

O professor explica que, mesmo que não estejam registrados no dicionário, esses aumentativos podem ser considerados "neologismos", isto é, uma formação de palavra nova — e tudo bem utilizá-los.