Por que, porque, por quê ou porquê: o uso correto segundo a gramática

A língua portuguesa é rica em sutilezas e complexidades, e um dos desafios frequentes que os escritores e falantes enfrentam envolve o uso adequado de "por que", "porque", "porquê" e "por quê".

Embora possam parecer semelhantes à primeira vista, essas quatro expressões têm funções e significados distintos, e um pequeno deslize pode levar a erros.

No guia abaixo, entenderemos as nuances de cada uma dessas formas para usá-las corretamente.

Por que

  • Quando usar: Nas perguntas ou quando estiverem presentes (mesmo que não explícitas) as palavras 'razão' e 'motivo'.

Exemplo: Por que você não aceitou o convite?
Todos sabem por que motivo ele recusou a proposta.
Ela contou por que (motivo, razão) estava magoada.

Por quê

  • Quando usar: Nos finais de frases.

Exemplo: Por quê? Você sabe bem por quê.

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Porque

  • Quando usar: Quando corresponder a uma explicação ou a uma causa.

Exemplo: "Não, Bentinho; digo isto porque é realmente assim, creio..." (M. Assis, Dom Casmurro).
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Porquê

Quando usar: Quando é substantivado e substitui 'motivo' ou 'razão'.

Exemplo: Não sabemos o porquê de ela ter agido assim.
É uma menina cheia de porquês.

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