Docentes de mais 2 federais do RS entram em greve; pelo menos 92 instituições estão paradas
Os professores da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da UFSCPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e dos campi Porto Alegre e Restinga da IFRS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul) vinculados à ADUFRGS (Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre) decidiram nesta terça-feira (10) entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação começa, efetivamente, nesta sexta (13).
Com a decisão, sobe para 92 o número de instituições federais em greve (55 das 59 federais e 37 institutos de educação básica, profissional e tecnológica).
A paralisação, deflagrada no dia 17 de maio por entidades filiadas ao Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), começou a ganhar a adesão das filiadas ao Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior).
Além deles, os servidores técnico-administrativos também estão com as atividades suspensas.
Saiba quais instituições aderiram à greve
Norte |
Ufac (Universidade Federal do Acre) |
UFRR (Universidade Federal de Roraima) |
Unir (Universidade Federal de Rondônia) |
UFPA (Universidade Federal do Pará), campi Central e Marabá |
Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia) |
Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) |
Ufam (Universidade Federal do Amazonas) |
Unifap (Universidade Federal do Amapá) |
UFT (Universidade Federal do Tocantins) |
Nordeste |
UFC (Universidade Federal do Ceará) |
Unilab (Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira) |
UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) |
Univasf (Universidade Federal do Vale do São Francisco) |
UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) |
UFPI (Universidade Federal do Piauí) |
Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido) |
UFPB (Universidade Federal da Paraíba) |
UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), campi central, Patos e Cajazeiras |
UFMA (Universidade Federal do Maranhão) |
Ufal (Universidade Federal de Alagoas) |
UFS (Universidade Federal de Sergipe) |
UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano) |
Centro-Oeste |
UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) |
UnB (Universidade de Brasília) |
UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) |
UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), campi Central e Rondonópolis |
UFG (Universidade Federal de Goiás), campi Catalão, Jataí, Goiânia e Cidade de Goiás |
Sudeste |
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) |
UFABC (Universidade Federal do ABC) |
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) |
UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) |
UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) |
Unifal (Universidade Federal de Alfenas) |
UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) |
UFU (Universidade Federal de Uberlândia) |
UFV (Universidade Federal de Viçosa) |
Ufla (Universidade Federal de Lavras) |
Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) |
UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei) |
UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) |
Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) |
UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) |
Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) |
UFF (Universidade Federal Fluminense) |
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Cefet-RJ (Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro) |
Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) |
Sul |
UFPel (Universidade Federal de Pelotas) |
UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul) |
Unipampa (Universidade Federal do Pampa) |
Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) |
UFPR (Universidade Federal do Paraná) |
UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) |
Furg (Universidade Federal do Rio Grande) |
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) |
UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) |
UFSCPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) |
- Fonte: Andes-SN e sindicatos
De acordo com o Ministério do Planejamento, uma nova reunião com os representantes dos docentes ainda não foi marcada por “falta de agenda” e não deve acontecer antes do final de julho. O órgão disse que a pauta dos professores é importante, mas afirmou que está negociando com mais de 30 entidades sindicais e que não é possível privilegiar uma agenda em função da outra.
Movimento
Para Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes, o movimento já começou forte e só se amplia. “A inércia do governo em se movimentar no processo está fazendo a extensão do movimento de greve ir para vários setores. Hoje, na educação, quase todos os setores estão parados - servidores, professores de institutos, centros, colégios, além dos estudantes, inclusive de pós-graduação”, disse.
Segundo o presidente do Proifes, Eduardo Rolim, a entidade esperou até o dia 31 de maio, pois era um prazo estipulado pelo governo para negociação. Com a falta de propostas concretas, os professores filiados ao Proifes também começaram a entrar em greve. “Essa greve envolve muitos fatores, não só o salarial. Nós temos uma grande expansão das universidades, principalmente para o interior, que muitas vezes não tem tantas condições. Não somos contra a expansão. Nós defendemos a expansão, só que com qualidade, acompanhada de melhores condições para os docentes”, afirmou Rolim.
Questionado pela reportagem, o MEC (Ministério da Educação) não respondeu às críticas sobre expansão.
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