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UFMG decide manter greve, e total de federais que rejeitam proposta do governo sobe para 15

Do UOL, em São Paulo

27/07/2012 19h01Atualizada em 27/07/2012 19h01

Os professores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) se juntaram na tarde desta sexta-feira (27) aos docentes de outras 14 universidades federais e decidiram permanecer em greve. Eles também rejeitaram a nova proposta de reajuste salarial feita pelo governo.

Até agora, apenas os professores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) aceitaram a proposta, porém sem saírem automaticamente da greve. Eles aguardam um posicionamento conjunto do Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior) para definir se a paralisação continua ou não. A federação representa professores de apenas sete federais.

Porém, a UFG (Universidade Federal de Goiás), a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), vinculadas ao Proifes, decidiram rejeitar a oferta do governo e continuam em greve.

Além delas, professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UnB (Universidade de Brasília); UFPE (Universidade Federal de Pernambuco); UFPB (Universidade Federal da Paraíba); UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco); UFPel (Universidade Federal de Pelotas), Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), UFABC (Universidade Federal do ABC), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e UFU (Universidade Federal de Uberlândia) resolveram permanecer paralisados.

Os sindicatos dessas instituições são filiados ao Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

Movimento dividido

As principais federações se dividiram em relação ao texto do governo: enquanto o Andes-SN, maior sindicato da categoria, defendeu a rejeição, o Proifes, que representa sete universidades, decidiu por sugerir aos filiados que aceitassem a proposta.

Ela inclui reajustes que variam de 25% a 40% e a antecipação da vigência do plano de reestruturação de carreiras. A alteração fez o impacto do aumento no Orçamento subir de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões até 2015.

Em nota, o MEC disse que “atendeu às reivindicações principais das representações sindicais dos professores das universidades e institutos federais”. Além disso, continua, afirma que “disponibilizou cerca de R$ 4,2 bilhões para a reestruturação da carreira docente, com o objetivo de valorizar a titulação e a dedicação exclusiva. Pela nova proposta do governo federal, nenhum professor terá um reajuste inferior a 25%. E o topo da carreira atinge até 40%.”