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Professores da UFSCar aceitam proposta do governo, mas docentes de 12 federais rejeitam

Rafael Targino

Do UOL, em São Paulo*

26/07/2012 18h38Atualizada em 26/07/2012 19h51

Os professores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) decidiram nesta quinta-feira (26) aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelo governo federal. Durante o dia, professores de outras 12 universidades federais seguiram movimento contrário e rejeitaram o texto.

No entanto, a decisão tomada pela assembleia da ADUFSCar (Associação de Docentes da UFSCar) não acaba com a greve na universidade imediatamente. A resolução ainda precisa ser referendada em um plebiscito, a ser realizado até a próxima terça-feira (31). Se o resultado desta votação for positivo, a associação notifica o Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), a quem está vinculado. Sair ou não da greve, explicou ao UOL Educação Luiz Carlos Gomide, diretor da ADUFSCar, depende, na verdade, de uma decisão final da federação.

Até agora,a universidade do interior paulista foi a única vinculada ao Proifes que aceitou a proposta. A UFG (Universidade Federal de Goiás), a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) decidiram rejeitar a oferta do governo e continuam em greve.

Além delas, professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UnB (Universidade de Brasília); UFPE (Universidade Federal de Pernambuco); UFPB (Universidade Federal da Paraíba); UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco); UFPel (Universidade Federal de Pelotas), Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), e UFU (Universidade Federal de Uberlândia) resolveram permanecer paralisados. Os sindicatos dessas instituições são filiados ao Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

Movimento dividido

As principais federações se dividiram em relação ao texto do governo: enquanto o Andes-SN, maior sindicato da categoria, defendeu a rejeição, o Proifes, que representa sete universidades, decidiu por sugerir aos filiados que aceitassem a proposta.

Ela inclui reajustes que variam de 25% a 40% e a antecipação da vigência do plano de reestruturação de carreiras. A alteração fez o impacto do aumento no Orçamento subir de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões até 2015.

Em nota, o MEC disse que “atendeu às reivindicações principais das representações sindicais dos professores das universidades e institutos federais”. Além disso, continua, afirma que “disponibilizou cerca de R$ 4,2 bilhões para a reestruturação da carreira docente, com o objetivo de valorizar a titulação e a dedicação exclusiva. Pela nova proposta do governo federal, nenhum professor terá um reajuste inferior a 25%. E o topo da carreira atinge até 40%.”

*Com informações da Agência Brasil