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Professores da UnB encerram greve; aulas voltam na próxima segunda-feira

Amanda Cieglinski

Da Agência Brasil, em Brasília

17/08/2012 18h01

Os professores das UnB (Universidade de Brasília) decidiram hoje (17), em assembléia, encerrar a greve da categoria que teve início em maio. De acordo com a Adunb (Associação dos Docentes da Universidade de Brasília), as aulas serão retomadas na segunda-feira (20). O placar da assembleia foi 130 votos a favor do fim da paralisação e 115 contra.

Ontem (16), parte dos professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) também decidiram pelo fim da greve. Também já decidiram retomar as atividades os docentes da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e do IFPR (Instituto Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Paraná). No campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os docentes também decidiram ontem pelo fim da greve.

A última proposta apresentada pelo governo prevê reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes, aplicados de forma parcelada até 2015. A Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), uma das entidades que representam os docentes das universidades federais, aceitou o acordo com o governo.

Entretanto, a maior delas, o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), entregou carta ontem à presidenta Dilma Rousseff pedindo a reabertura das negociações. De acordo com o Andes, o reajuste proposto atinge a categoria de forma desigual, causando distorções na carreira.

Em nota, o MEC (Ministério da Educação) reafirmou que as negociações com os sindicatos dos docentes estão encerradas e que não há hipótese de rever o critério da titulação na progressão – professores doutores e com dedicação exclusiva tiveram o maior reajuste. “As tabelas apresentadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deixam claro que o governo federal buscou, principalmente, valorizar a titulação e a dedicação exclusiva”, diz o MEC.