Topo

Cetesb multa USP Leste por contaminação de solo

Do UOL, em São Paulo

31/10/2013 17h43Atualizada em 31/10/2013 17h59

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) multou em R$ 96.869,35, nesta quinta-feira (31), a USP (Universidade de São Paulo) por não cumprir medidas de descontaminação do solo do campus da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), na zona leste de São Paulo. O terreno do campus concentra gás metano proveniente do desassoreamento do rio Tietê.

Em nota, a USP informou que o caso será analisado pela Procuradoria Geral da Universidade.

A Cetesb considerou que os prazos apresentados no plano de ação entregue pela USP no início de outubro não atendem ao solicitado.

Além disso, a companhia diz que “não serão autorizadas quaisquer intervenções nos solos, ou nas águas subterrâneas, na área do campus da EACH, até que um estudo de investigação ambiental e um plano de intervenção tenham sido aprovados pela Cetesb, sob pena de embargo das obras”.

O campus já tinha sido autuado no dia 2 de agosto por descumprir exigências da Cetesb para acabar com a contaminação do solo. Entre as exigências não atendidas, segundo a companhia, havia a instalação de sistema de extração de gases de todos os prédios, avaliações de risco à saúde, além de investigação ambiental detalhada do solo.

Protesto

Na quarta-feira (30), alunos e funcionários voltaram às atividades e encerram a greve que durou 50 dias. Eles pediam uma solução para o problema de contaminação do solo do campus da unidade.

O retorno às aulas foi acordado após uma reunião na última sexta-feira (25), que criou uma comissão permanente de acompanhamento ambiental composta por representantes das três categorias. A reposição de aulas ainda deve ser organizada, segundo a assessoria de imprensa da unidade.

Durante a greve, os estudantes chegaram a ocupar o prédio da diretoria da unidade no dia 3 de outubro. A reintegração de posse do prédio foi feita no dia 19 pela Tropa de Choque. Segundo o DCE (Diretório Central dos Estudantes), havia 35 alunos acampados no edifício, que foi cercado por pelo menos cem PMs antes das 6h da manhã.