Alunos da Universidade Gama Filho ocupam prédio do MEC
Alunos da UGF (Universidade Gama Filho), do Rio de Janeiro, ocuparam o prédio do MEC (Ministério da Educação), em Brasília, nesta terça-feira (7). Segundo a assessoria do ministério, mais de 20 alunos estão no saguão do órgão.
Os estudantes pedem para falar com o ministro Aloizio Mercadante sobre a situação da universidade, administrada pelo grupo Galileo Educacional. Eles pedem a intervenção judicial da universidade e a transferência dos alunos.
“Fizemos uma assembleia e decidimos que a ocupação continua por tempo indeterminado. Esse problema está se arrastando por dois anos e só sairemos do MEC quando houver uma decisão sobre o que será feito”, afirma Igor Mayworm, diretor da UNE (União Nacional dos Estudantes) e membro da ocupação.
A assessoria do ministério informou que o ministro não deve receber os alunos e que a UGF ainda está no prazo para entregar o plano de melhorias. O MEC atualizou as informações sobre a reunião com os manifestantes - segundo a assessoria, eles foram recebidos pelo secretário executivo José Henrique Paim Fernandes e por técnicos da Seres (Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior).
Ainda segundo a assessoria do MEC, foi arranjada uma reunião entre os alunos e Aurélio Rio, procurador Federal dos Direitos do Cidadão, para a tarde desta terça.
Os estudantes e professores também marcaram para hoje uma passeata no Rio de Janeiro, com concentração às 17h30, na Candelária.
Entenda a crise
A crise que atinge duas das maiores redes de ensino superior privado do Rio de Janeiro - UniverCidade e Gama Filho - se agravou em 2012. Na época, o grupo Galileo demitiu 410 profissionais de educação. Muitos dos professores demitidos ainda não receberam o dinheiro referente à rescisão de contrato. Juntas, as duas instituições têm dívidas no valor de R$ 900 milhões, segundo a Galileo Educacional.
Em dezembro do ano passado, o MEC suspendeu os processos seletivos da UniverCidade e da Universidade Gama Filho. Em agosto, os vestibulares já haviam sido suspensos nas duas instituições, mas foram autorizados novamente em outubro.
O ministério também determinou a instauração de um processo administrativo para a aplicação de penalidades, já que as duas instituições teriam descumprido termos de saneamento de deficiências firmados com o MEC.
Em julho, alunos da Gama Filho chegaram a ocupar a reitoria da instituição reivindicando a saída da Galileo Educacional do controle da instituição.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.