Estudantes mantêm ocupação na Universidade Gama Filho, no Rio
Um grupo de 60 estudantes da Universidade Gama Filho, na zona norte, permanece acampado na reitoria da instituição. Iniciado no dia 15 de julho, o protesto pede uma solução para os problemas financeiros da universidade, como a falta de pagamento dos professores. Eles também cobram transparência do setor financeiro e intervenção do MEC (Ministério da Educação). Os manifestantes dizem que irão encerrar a ocupação somente quando a mantenedora da Gama Filho, a Galileo Educacional, adotar uma solução.
Na última sexta-feira (2), o MEC determinou a suspensão do vestibular para admissão de novos alunos e transferência de estudantes da graduação e da pós-graduação. Na terça-feira (30), o coordenador-geral da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Pedro Leitão, encontrou-se com os estudantes para ouvir as reivindicações.
"A presente medida cautelar incide sobre todos os cursos presenciais e a distância das instituições de educação e deverá vigorar até que se comprove, por meio de documentos hábeis, a retomada dos ajustes financeiros trabalhistas firmados, bem como a apresentação de garantias idôneas de disponibilidade financeira da entidade mantenedora, suficiente para cumprimento dos compromissos acordados com o corpo docente e administrativo das entidades mantidas", diz o ministério, no despacho divulgado no Diário Oficial da União. As medidas cautelares também valem para o Centro Universitário da Cidade, também mantido pela Galileo Educacional.
"A suspensão dos processos foi fruto de vários dias de luta, que finalmente chamaram a atenção", disse Duvivier Ferreira, 25 anos, que cursa o último semestre de comunicação.
"A Gama Filho encontra-se totalmente fechada, exceto pelos alunos que ainda ocupam o local. A situação está insustentável. Os alunos de medicina, por exemplo, pagam R$ 3.500 de mensalidade, e estão sem aula", disse o diretor da UNE (União Nacional dos Estudantes), Igor Mayworn, que participa da ocupação da reitoria.
Por meio da assessoria, o MEC informou hoje (5) que está tomando todas as medidas cabíveis. “Por ser uma instituição privada, por lei, o Ministério da Educação não pode assumir a universidade, como os estudantes estão pedindo. Inúmeras visitas no local estão sendo realizadas constantemente, a fim de checar como está a situação. Estamos fazendo o máximo dentro do permitido”.
Em nota publicada no site da universidade, a Galileo Educacional informou que o vestibular, previsto para o dia 4 de agosto, foi suspenso por "motivos operacionais" e uma nova data será anunciada. O candidato pode agendar a devolução do valor da inscrição pelo telefone 0800 606 9999. Em outra nota, foi informado que a Central de Relacionamento do Campus Piedade não irá funcionar hoje. A Agência Brasil tentou contato com a assessoria de imprensa da Galileo Educacional, porém o número informado no site não corresponde ao setor. A reportagem também encaminhou e-mail para o "Fale Conosco", mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
Confira como foi a ocupação da reitoria da Gama Filho
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