Cresce número de crianças de 4 e 5 anos na escola; Nordeste tem maior taxa
O número de crianças entre quatro e cinco anos que estão na escola aumentou 3,3 pontos percentuais no ano passado em relação a 2012, passando de 78,1% para 81,4%. O número corresponde a mais de 143 mil matrículas em 2013 e foi corrigido após reconhecimento de erro do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).
Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (18), pelo IBGE.
Atenção: os dados deste texto ainda não foram atualizados. No dia 19 de setembro, o IBGE anunciou que houve erro nos cálculos da Pnad. Mas o instituto não divulgou todos os dados corrigidos.
Apesar de ser a região com o maior índice de analfabetismo do país —com 15,2% da população com mais de dez anos sem saber ler e escrever pelo menos um bilhete simples—, o Nordeste foi a que apresentou maior número de crianças na escola na faixa etária citada, com 87% do total. O Norte teve o pior resultado, com taxa de escolarização de 67,9%.
De acordo com os dados divulgados pela Pnad, a maioria está matriculada na rede pública, onde estudam 3,3 milhões de crianças (73,4% das crianças na faixa etária).
Experiências na escola
Laís Duarte, 4, já está em seu terceiro ano de "estudos" -- os especialistas chamam a atenção: na creche (0 a 3 anos) e na educação infantil (4 e 5 anos), a brincadeira é mais importante que o conteúdo escolar.
“Ela entrou com dois anos e meio. Como é filha única e convivia muito com adultos, achei uma boa. Achei também que ela poderia avançar intelectualmente. E ela avançou bastante em todos os aspectos”, afirmou a mãe de Laís, a jornalista Chris Duarte, 36, que mora em Maceió.
Nos dois primeiros anos de vida da filha, Chris Duarte deixou um dos dois empregos que tinha e se dedicou a Laís. Mas, com o crescimento da menina, a jornalista conta que voltou a trabalhar mais. “Ela tem babá, mas só fica até as 15h. Com Laís na escola à tarde, tive mais tempo para que eu pudesse trabalhar”, afirmou.
Com seis anos, João Pedro também está na escola desde os dois anos e meio. “Quando o matriculamos, ele tinha dificuldade de comunicação, e a escola o ajudou muito a se desenvolver. Nós participamos de forma ativa nesse processo, e ele hoje é comunicativo e evoluiu bastante no aprendizado e desenvolvimento”, afirmou a mãe, a bacharel em direito Ladyanne Fernandes, 33, também moradora da capital de Alagoas.
Por ser uma pesquisa por amostra, as variáveis divulgadas pela Pnad estão dentro de um intervalo numérico, que é o chamado "erro amostral".
Segundo o IBGE, não há uma margem de erro específica para toda a amostra. Para a Pnad 2013, foram ouvidas 362.555 pessoas em 148.697 domicílios pelo país.
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