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Escola de São Paulo inaugura sala no 'formato Google'

Alunas usam tablets na sala Google do Colégio Mater Dei, em São Paulo - Divulgação/Colégio Mater Dei
Alunas usam tablets na sala Google do Colégio Mater Dei, em São Paulo Imagem: Divulgação/Colégio Mater Dei

Em São Paulo

19/05/2014 14h29

Espalhados sobre almofadas, bancos coloridos e até cubos mágicos gigantes, os alunos têm olhos atentos às telas - de uma televisão e dos próprios tablets. Na roda de conversa, mal dá para ver quem é o professor. Parece recreio, mas é hora de estudo: esta é a primeira sala de aula no formato Google do mundo, recém-inaugurada em um colégio particular de São Paulo.

A nova sala foi aberta há um mês no Colégio Mater Dei, no Jardim Paulista, zona oeste da capital. O projeto é uma parceria da escola com o setor de educação do Google, que faz amanhã o lançamento mundial do programa baseado na experiência, que ganhou o nome de Google Learning Space. Outros colégios poderão buscar a empresa para reproduzir o modelo, parecido com seus escritórios ao redor do mundo - com ambientes de trabalho descontraídos para estimular a produtividade.

A ideia, que surgiu dentro do Mater Dei, era criar um ambiente diferente para o ensino. Mais importante que o uso de tecnologia, o objetivo é construir um novo conceito de interação do professor com os estudantes. "A escola deve melhorar o ambiente colaborativo, de troca. Buscamos o Google porque é uma empresa que trabalha nesse sentido", explica o diretor do colégio, Sylvio Gomide. "O modelo de carteiras enfileiradas é passado. Daqui a um tempo, todas as nossas salas de aula serão assim", garante.

A sala foi montada em seis semanas. Em funcionamento, o espaço, sem carteiras nem quadro-negro, superou as expectativas. "Na sala, podemos debater de igual para igual", diz Celina Machado, de 17 anos, do 3º ano do ensino médio.

Além da relação mais próxima entre professores e alunos, a aposta tecnológica é forte. Nas classes, os alunos usam projeções multimídia, mapas virtuais, videoconferências internacionais e trabalhos coletivos, com softwares de edição compartilhada de textos. "Nem sempre dava para entender bem só com um desenho do professor no quadro, por exemplo. Agora, temos vários recursos à disposição", elogia Gabriel Fernandes, de 17 anos, do 2º ano do ensino médio.

A "cola" também está liberada: é permitido recorrer à internet para aprofundar pesquisas, ajudar colegas e até corrigir o professor, se necessário.