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Servidores aprovam acordo e encerram greve na USP

Em São Paulo

19/09/2014 16h00Atualizada em 20/09/2014 10h22

Os funcionários da USP (Universidade de São Paulo) decidiram nesta sexta-feira, 19, encerrar a greve, após 116 dias de braços cruzados. Os servidores devem retomar as atividades na próxima segunda-feira, 22, mesma data em que os docentes.

O grupo aprovou o acordo firmado na Justiça do Trabalho na quarta-feira, 17, em audiência de conciliação entre a reitoria e os grevistas. Centenas de representantes da categoria se reuniram em assembleia no prédio da Geografia, no campus Butantã, na zona oeste da capital.

Nessa quinta-feira, 18, os professores também aprovaram o fim da greve. Os manifestantes conseguiram reajuste de 5,2% em duas parcelas (setembro e dezembro) e abono de 28,6% para cobrir as perdas com a inflação desde maio, mês em que começou a negociação do dissídio. Os reitores das universidades queriam congelar os salários por causa da grave crise financeira das instituições, que gastam praticamente toda a receita com a folha de pagamento.

Na Justiça do Trabalho, a USP e os grevistas também acertaram que a reposição das atividades paradas durante a greve se daria até 12 de dezembro, fim do ano letivo, com limite de uma hora além do expediente. No caso dos professores, todas as classes deverão ser repostas de acordo com o calendário definido em cada uma das faculdades.

O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) comemorou as conquistas dos grevistas. "Saímos vitoriosos dessa longa paralisação", avalia Aníbal Cavali, diretor da entidade. Segundo ele, o próximo objetivo é lutar contra as medidas de contenção de gastos propostas pelo reitor Marco Antonio Zago, como o plano de demissão voluntária e a desvinculação dos hospitais universitários.

Outra reivindicação dos funcionários é o reajuste de benefícios, como o vale-refeição e o auxílio-alimentação. A reitoria propôs discutir o assunto depois do encerramento da greve.