Cerca de 1.500 pessoas fazem passeata da USP até o Palácio dos Bandeirantes
Funcionários, alunos e professores das três universidades estaduais paulistas - USP, Unesp e Unicamp - fizeram uma passeata da Cidade Universitária, no Butantã, até o Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. Os manifestantes chegaram na sede do governo do Estado de São Paulo por volta das 16h desta quinta-feira (14).
Segundo a PM (Polícia Militar), aproximadamente 1.500 pessoas participam do ato.
As três instituições enfrentam greve de funcionários há mais de dois meses, quando foi anunciado o congelamento dos salários. O movimento tem apoio de professores e alunos.
Antes do ato, o Sintusp (Sindicato de Funcionários da USP) informou em nota que a manifestação é para "cobrar do governador o cálculo correto da dotação orçamentária, conforme definido por lei, além da solução para a crise instalada nas universidades estaduais paulistas com o zero de reajuste, corte de salários, desvinculação do Hospital de Bauru e anúncio de desvinculação do Hospital Universitário e unidades de Saúde da USP".
As universidades estão em crise financeira, sendo o pior caso o da USP, que tem comprometido mais de 100% dos repasses que recebe do governo estadual com a folha de pagamento. A situação teria motivado a decisão de não conceder reajuste.
Posicionamento Unesp
A Unesp informou que possui campi em 24 cidades e, até ontem, 17 deles estavam em greve parcial de professores, funcionários ou alunos e sete funcionavam normalmente. "A greve afeta fundamentalmente as atividades de ensino de graduação. As ações de pesquisa, pós-graduação e extensão vêm sendo pouco prejudicadas. Em cada cidade onde há greve, o porcentual de adesão varia de acordo com cada categoria (professores, funcionários e alunos)", afirma a nota.
"Dia 4 de agosto, houve proposta da Reitoria de 21% de abono salarial e aumento de 41,6% no vale alimentação. Os professores voltaram às suas atividades em cinco cidades: Araraquara, onde a Unesp tem quatro faculdades; Botucatu (também quatro faculdades), Guaratinguetá (uma faculdade, Rosana (uma faculdade) e São José dos Campos (uma faculdade). Nessas cinco cidades, exceto em São José do Campos e Rosana, os funcionários permanecem em greve parcial, com alguns setores em funcionamento. Entre os funcionários, Rio Claro (duas unidades) retornou às atividades normais."
Posicionamento Unicamp
A Unicamp informou que a adesão à greve não passa de 10% dos servidores. "Segundo mapeamento atualizado feito pela universidade, as atividades funcionam normalmente em 90% das 24 unidades de ensino e pesquisa da Unicamp", afirmou a assessoria de imprensa em nota.
A universidade também informou que na área administrativa nenhum setor está fechado e que o atendimento na área de saúde segue dentro da normalidade, assim como o funcionamento dos restaurantes universitários.
Posicionamento USP
Segundo a assessoria de imprensa da USP, estima-se que 10% dos funcionários técnico-administrativos estejam em greve.
"Não há aulas paralisadas - exceto no caso dos alunos se recusarem a assistir as aulas, sobre os quais não dispomos dos números", informa em nota.
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