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Grevistas da USP voltam a acampar na Cidade Universitária em SP

Acampamento montado em frente ao  Centro de Práticas Esportivas da USP  - Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo
Acampamento montado em frente ao Centro de Práticas Esportivas da USP Imagem: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

04/08/2014 13h41

Funcionários da USP (Universidade de São Paulo), em greve há mais de dois meses, voltaram a montar barracas em frente ao Centro de Práticas Esportivas do campus Butantã, zona oeste da capital paulista, na manhã desta segunda-feira, 4. O acampamento havia sido desfeito neste domingo, 3, depois que a Polícia Militar cumpriu pedido de reintegração de posse. No primeiro dia letivo do segundo semestre, algumas unidades da USP também tiveram aulas suspensas.

Ao menos 12 barracas foram erguidas no local, que receberá a Feira de Profissões da USP a partir de quarta-feira, 6. O objetivo dos grevistas é barrar a realização do evento, que teve a participação de 58 mil pessoas em 2013. A reitoria, porém, não cancelou a feira.

No primeiro dia de aulas do segundo semestre letivo, várias classes foram suspensas no campus Butantã. Nos prédios da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), a maioria das salas tinha as portas fechadas. A reitoria afirma que 10% dos docentes e funcionários aderiram à greve, mas os sindicatos das categorias estimam participação maior.

Na manhã desta segunda, dezenas de servidores ainda fizeram um ato em frente ao edifício da reitoria, acompanhado por duas viaturas e duas bases comunitárias da PM.

O grupo reivindicava a retomada das negociações salariais com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas). O órgão afirma que só voltará a discutir em setembro o reajuste. O Cruesp justificou o congelamento de salários das categorias, anunciado em maio, com a crise financeira das instituições, que gastam quase toda a receita com a folha de pagamento.

Com faixas e cartazes, os grevistas criticaram os cortes de pontos dos funcionários parados e a presença da polícia no campus. A greve de docentes e servidores também é apoiada pelos estudantes.