Sem acordo com a reitoria, professores da USP decidem continuar em greve
Os docentes da USP (Universidade de São Paulo) decidiram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (11), manter a greve que já dura mais de 100 dias. Os professores dizem que a paralisação continua porque a USP não se comprometeu com o abono de 28,6% proposto pela Justiça do Trabalho durante audiência com o Sintusp (sindicato dos servidores da USP).
A USP diz que já compromete 105% do orçamento com folha de pagamento e informou que a proposta de abono será encaminha para o Conselho Universitário, que se reúne na próxima semana.
Ao contrário da USP, Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) já se comprometeram com o abono.
Na semana passada, o conselho de reitores das três universidades estaduais de São Paulo ofereceu 5,2% de reajuste para professores e servidores. O aumento deve ser dividido em duas parcelas - a primeira neste mês e a segunda em dezembro. Esse valor cobre apenas a perda inflacionária do último ano. Os sindicatos já aceitaram o reajuste.
Demissão
Na semana passada, o Conselho Universitário da USP aprovou um programa de demissão voluntária proposto pela reitoria. A medida, que visa reduzir os gastos da universidade com folha de pagamento, deve começar em fevereiro do próximo ano.
Segundo o reitor Marco Antonio Zago, a instituição fará um investimento inicial de até R$ 400 milhões no programa de demissão voluntária. No caso do quadro de funcionários, a expectativa é que programa de demissão voluntária abranja 2.800 dos 17.500 funcionários não docentes, com idade entre 55 e 67 anos e mais de 20 anos de carreira.
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