Sem redação, 2º dia de Enem é menos tenso, dizem candidatos
O segundo domingo do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2019 registrou bem menos movimento do que na semana passada nas horas que antecederam a abertura dos portões de diversos locais de prova em São Paulo.
Em uma das maiores faculdades onde os exames são aplicados na capital paulista, a Uninove do bairro da Barra Funda, a concentração na frente do edifício da instituição só começou a se formar pouco antes do meio-dia, horário de entrada dos candidatos.
Para muitos deles, isso é um reflexo da tensão menor no segundo dia de provas, mesmo sendo dedicado às ciências exatas e da natureza.
Lucas Cardoso Gomes, de 18 anos, foi uma exceção. Saiu de casa, no bairro do Imirim, zona norte de São Paulo, antes das 10h e chegou com uma hora e meia de antecedência para a abertura dos portões. Ele diz que foi simplesmente uma repetição do planejamento do primeiro dia de provas, e que na verdade também estava bem mais tranquilo.
"O primeiro dia tende a ser mais nervoso. Eu até prefiro mais a (prova de) humanas, mas estou confiante". Só teme, diz, questões com gráficos. "Sou muito ruim nisso", ri.
Lucas já faz faculdade de administração na FMU, onde tem bolsa de 50%, mas aposta em um bom desempenho no Enem 2019 para conseguir um desconto maior.
A possibilidade de pagar menos para fazer o ensino superior também motiva Juliana Ferreira, de 18 anos. Novata no Enem, ela ainda não concluiu o ensino médio, mas já passou no vestibular da Universidade Mackenzie — com direito a bolsa de 70%.
Com o objetivo traçado até uma bolsa integral ou quem sabe uma universidade pública e gratuita, Juliana resume sua estratégia nos dias de prova como a do Enem: "preparo meu (lado) psicológico desde cedo. Não adianta ficar nervosa".
Neste domingo, ela admite, foi mais fácil trabalhar a tensão, que é natural. "Estava bem mais nervosa no ouro domingo. Hoje me sinto mais preparada, mesmo exatas não sendo a minha prova favorita."
"Também estou bem mais tranquila hoje", diz Geovanna Pedroso. Aos 17 anos, ela faz o Enem pela segunda vez — foi treineira no ano passado — e ressalta que, depois da redação deste ano, cujo tema "democratização do acesso ao cinema no Brasil" foi considerado surpreendente por candidatos e professores, nada na prova deste domingo deve ser mais inesperado.
A mãe de Geovanna veio apoiá-la no primeiro dia e repetiu a dose neste domingo, mesmo com o tempo chuvoso. "Acompanhá-la nesse momento é muito importante. Diminui a tensão, e manter a calma é fundamental para fazer uma boa prova, ainda mais quando envolve matemática e outras ciências exatas", diz Luciene Pedroso.
"Não tem jeito. Para a maioria das pessoas a prova de exatas sempre pega mais", resume o estudante Leonardo Salomão, de 16 anos. "Mas quem chega aqui hoje precisa entender que o melhor é manter a calma."
Leonardo é um dos muitos candidatos que ainda não terminou o ensino médio, o que para ele ajuda na busca por tranquilidade. "O último ano do ensino médio na verdade é mais difícil do que o Enem e toma muito mais tempo. Eu sempre presto atenção nas aulas, então acho que por isso vou conseguir me sair bem."
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