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"Se colocar em porcentagem, é ínfimo", diz Mourão sobre erro no Enem

O vice-presidente Hamilton Mourão - Sérgio Lima/AFP Photo
O vice-presidente Hamilton Mourão Imagem: Sérgio Lima/AFP Photo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

23/01/2020 15h25

O presidente em exercício, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou hoje que, se considerada a porcentagem de alunos prejudicados pelo erro na correção do Enem 2019, o número de casos é "ínfimo". Apesar de minimizar o problema, o vice de Jair Bolsonaro (sem partido) observa que compete ao Ministério da Educação "corrigir" o transtorno causado a cerca de 6 mil estudantes.

"Se você colocar em termos de porcentagem, é ínfimo. Mas, de qualquer jeito, são 6.000 pessoas que se sentiram prejudicadas. Então compete a nós, por meio do Ministério da Educação e mais precisamente do Inep, corrigir isso aí."

Na manhã de hoje, pouco antes de embarcar para a Índia, Bolsonaro também foi questionado sobre o assunto, porém optou por não prestar esclarecimentos. Para o presidente da República, quem deve se explicar é o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

"Não vou entrar em detalhes aqui. Fala com o ministro lá. Fala com o ministro, ele é a melhor pessoa para te informar sobre isso aí."

De acordo com a pasta, houve "inconsistência" na correção dos gabaritos —na prática, candidatos que fizeram a prova de uma cor tiveram o gabarito corrigido como se fosse de outra.

As provas são impressas em quatro versões, identificadas por cores: amarela, azul, branca e rosa. As questões são as mesmas, apenas a ordem de apresentação delas é invertida para dificultar que um candidato copie as respostas de outro.

Ministro culpa gráfica

Weintraub afirmou que a falha aconteceu na gráfica que imprimiu o exame. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do MEC responsável pelo Enem, encerrou o prazo para recebimento de reclamações dos candidatos.

De acordo com a estimativa oficial, "menos de 9.000" alunos tiveram erros nas notas do Enem. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Weintraub minimizou o problema e disse que o erro afetou cerca de 6.000 candidatos.

"Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que vão ser corrigidos. O impacto é baixo e não vai ter nenhum efeito para a maioria das pessoas."

A prova foi aplicada para mais de 4 milhões de candidatos.