Como descobrir uma carreira que tem a ver com você? Veja dicas
Resumo da notícia
- O jovem precisa, em um primeiro momento, ter conhecimento sobre si mesmo, sobre quais são seus campos de interesse e quais suas habilidades
- Gastos por mês, objetivos de vida e família são algumas das questões que precisam ser levadas em consideração
Escolher uma carreira é quase sempre uma tarefa árdua. Personalidade, gastos por mês, objetivos de vida e família são algumas das questões que precisam ser levadas em consideração.
Para ajudar quem ainda está em dúvida, o UOL ouviu orientadores de carreira que dão dicas de como tomar essa decisão.
Autoconhecimento
De acordo com a orientadora de carreiras e parceira do Projeto Escreva, Claudia Gindre, o jovem precisa, em um primeiro momento, ter conhecimento sobre si mesmo, sobre quais são seus campos de interesse e quais suas habilidades. "O que ele projeta para o futuro? Quais são os sonhos que ele alimenta para a vida adulta? A combinação desses fatores vai proporcionar uma melhor escolha", constata.
Segundo o diretor Antônio Carlos Manzi, do Cursinho Maximize, é preciso que o jovem tente sempre buscar o melhor mundo possível para ele mesmo em sua escolha. "O caminho é muito árduo, mas não é legal ter um diploma para guardar na gaveta", afirma.
Personalidade
O tipo de personalidade do estudante também conta na hora de escolher uma carreira. Os mais extrovertidos, por exemplo, podem buscar uma carreira em que exista mais contato com o público. Já os mais introvertidos, podem correr atrás de uma carreira acadêmica.
"Se você é uma pessoa que tem um interesse muito grande em atividades de maior movimento, não tem como escolher uma carreira em que você vai ficar muito fechado em um local só o dia inteiro. Isso vai ser angustiante", explica a orientadora Claudia.
Manzi afirma que uma forma de descobrir um pouco mais sobre sua personalidade é buscando por algum teste vocacional online. "Eles orientam um pouco sobre qual caminho é melhor para você escolher. Assim, você vai ver um curso que esteja dentro da sua personalidade e se ele está batendo com a área de conhecimento que você mais gosta", afirma.
Gastos
Além disso, é preciso que o estudante sempre leve os gastos durante os anos de universidade em consideração. "Sempre é necessário se fazer uma equação. A escolha correta sempre deve levar em consideração o binômio desejo/realidade. A gente pode citar o exemplo de medicina, que é uma carreira com concorrência muito grande no âmbito público e que tem um gasto muito grande na área privada", explica Claudia.
"Essa é uma carreira muito custosa. Às vezes, é necessário que o sujeito faça uma reflexão e faça um ajuste visando atingir seu sonho a partir do que é factível. É preciso entender que toda escolha implica em uma perda. Se você deseja uma carreira como essa, você vai ter que pagar o preço de ficar uns três ou quatro anos fazendo concurso para entrar na rede pública. Isso tudo vai depender de quanto você está disponível para pagar o preço", diz.
Área
É preciso que o estudante busque entender qual área do conhecimento tem mais a ver com ele. Olhe entre as matérias de exatas, humanas e biológicas e veja com quais delas você se identifica mais. Assim, será mais fácil de escolher de forma consciente. Mas, a orientadora lembra que nem sempre é preciso escolher a carreira com base nas notas que você tirou no ensino médio.
"O que é apresentado na escolaridade básica não é exatamente o que vai se apresentar na universidade e é importante que o jovem esteja informado sobre em que consiste o curso que ele está concorrendo. É preciso que ele pesquise quais são as possibilidades profissionais depois do curso e quais chaves internas ele vai precisar abrir. Isso é mais importante", diz.
Pesquise
De acordo com Manzi, também é importante que o estudante faça uma pesquisa de campo antes de escolher a sua carreira de forma definitiva. "É bom que ele vá até a universidade que ele gostaria de estudar e converse com alguns alunos que já estão cursando. Assim, ele vai escutar o que os alunos têm para falar", explica.
"Além disso, ele deve procurar profissionais que já estão formados e que estão atuando na área de trabalho há algum tempo. Assim, ele terá a informação sobre o curso, mas também de como é a vida depois e como está o campo de trabalho nessa área", constata.
Objetivos
O jovem que está escolhendo uma carreira também precisa colocar na balança quais são os objetivos de vida dele. De acordo com a orientadora, é necessário que o estudante note se ele prioriza mais por uma estabilidade financeira, por exemplo.
"Para alguns jovens é fundamental a estabilidade financeira, para outros é fundamental o status social, para outros, é fundamental fazer alguma coisa que traga algum retorno para a sociedade, para outros ainda é que ele se encontre no seu objeto de trabalho. Esse é um trabalho de pesquisa para saber quais são as prioridades dele", afirma.
Família
Uma das questões que mais pesa para o estudante na hora de escolher sua profissão é a pressão que a família pode fazer para que ele entre em uma universidade específica. No entanto, os especialistas ouvidos pela reportagem dizem que o jovem deve escolher aquela área que ele quer e que não ceda às pressões e anseios dos pais.
"Não é o jovem que tem que fazer um esforço para conciliar a vontade dele com a vontade dos pais. No geral, é a família que vai precisar fazer um trabalho de compreensão. A escolha faz parte do crescimento do seu filho", explica a orientadora de carreiras Claudia.
De acordo com Manzi, é preciso que o jovem busque o diálogo com a família e que explique quais são seus sonhos e expectativas. "Se ele tem uma pressão muito grande, vale buscar a orientação de um psicólogo. Realmente, tem vezes em que uma ajuda extra é necessária", diz.
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