SP: Alunos da rede municipal poderão refazer 3º ano do ensino médio em 2021
A Prefeitura de São Paulo anunciou hoje que, devido à pandemia do coronavírus, alunos do terceiro ano do ensino médio da rede municipal poderão refazer o último ano desta etapa de ensino em 2021.
Segundo o secretário municipal de educação, Bruno Caetano, os estudantes obterão o diploma de conclusão do ensino médio em 2020, mas terão "vaga garantida" em 2021 para refazer o terceiro ano, de forma facultativa.
"Para os alunos da rede municipal que estão no 3º ano do ensino, no seu último ano, aqueles que assim desejarem poderão fazer novamente o terceiro ano do ensino médio em 2021 nas escolas públicas municipais", afirmou.
A iniciativa da Prefeitura de São Paulo é semelhante ao anunciado pelo governo do estado, que criou o 4º ano do ensino médio.
As estratégias têm como objetivo recuperar o conteúdo pedagógico que acabou sendo perdido devido à pandemia do coronavírus, já que as aulas presenciais para esta etapa de ensino ficaram suspensas por pelo menos seis meses. Para o ensino médio, na capital paulista, as aulas regulares foram retomadas de forma presencial apenas no dia 3 de novembro.
Durante o período de fechamento das escolas, as aulas e atividades curriculares foram mantidas de forma remota. Nem todos os estudantes, no entanto, puderam acompanhar os conteúdos —especialmente os que se encontram em situação mais vulnerável e, por isso, não têm acesso à internet.
Sem novas flexibilizações na educação
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou hoje que não haverá nova flexibilização das aulas na capital paulista em dezembro. Apenas as aulas regulares para o ensino médio, portanto, continuarão com autorização para acontecer de forma presencial.
Para os ensinos infantil e fundamental, permanecerá a autorização para a realização de atividades extracurriculares (como aulas de música, dança ou línguas) e de acolhimento de forma presencial. As regras valem para as escolas públicas e particulares localizadas na capital paulista.
Covas argumentou que há estabilidade dos casos de coronavírus na cidade de São Paulo e que, por isso, "não é o momento de ampliar a flexibilização". O prefeito declarou ainda que, apesar de não haver nova flexibilização na educação, "não há nenhuma necessidade de retroceder".
O anúncio de Covas acontece em meio a um embate sobre uma possível segunda onda de casos da covid-19 na cidade de São Paulo.
Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) apontam que houve crescimento de 29,5% nos novos casos de covid, nos primeiros 17 dias de novembro, em comparação com o mesmo período no mês de outubro.
Mas, segundo a Prefeitura, os índices de internação na capital tiveram oscilações durante toda a pandemia e o aumento atual se deve, principalmente, por movimentos migratórios (movimentação de pessoas de outras cidades) e pelo relaxamento da população em medidas de prevenção, com aglomerações em bares, festas e até em domicílios.
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