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Professores das redes estadual e municipal do RJ decidem manter greve

Reprodução/Sepe
Imagem: Reprodução/Sepe

Do UOL, em São Paulo

22/05/2014 14h06Atualizada em 22/05/2014 18h36

Os professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro decidiram continuar a greve da categoria, iniciada no dia 12 de maio. A assembleia unificada foi realizada nesta quinta-feira (22). 

Após a votação, os professores saíram em passeata até o Palácio da Guanabara, sede do governo do Estado, e em seguida até o Palácio da Cidade, em Botafogo, sede da prefeitura do Rio. 

Segundo nota publicada no site do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro), os pontos da pauta unificada são: plano de carreira unificado; reajuste linear de 20% com paridade para os aposentados; contra a meritocracia e pela autonomia pedagógica; não à privatização da educação; contra o repasse das verbas para empresas, bancos, Organizações Sociais, fundações; fim da terceirização; cumprimento de 1/3 de planejamento extraclasse; 30 horas para os funcionários administrativos; eleição direta para diretores; uma matrícula uma escola; equiparação salarial entre PEI, PI e PII; reconhecimento do cargo de cozinheira (o) escolar; 15% de reajuste entre níveis; convocação dos concursados de 40 horas.

A Seeduc (Secretaria de Estado de Educação) informou que 324 docentes, de um total de 75 mil, faltaram na manhã de hoje. De acordo com a secretaria, nenhuma escola da rede deixou de funcionar.

De acordo com a secretaria, "a greve é inoportuna, já que os sindicatos estão em negociação com a secretaria". Ainda segundo a Seeduc, as reivindicações não podem ser as mesmas para as redes municipal e estadual, pois são redes diferentes. 

A Seeduc informou que apresentou uma proposta de reajuste salarial de 8%, que ainda precisa passar por votação na Alerj. "A rede estadual do Rio paga, atualmente, R$ 16,90 pela hora-aula. Valor maior do que a hora-aula em SP (R$ 15,80), ES (R$ 9,80) e MG (R$ 11,80)", afirmou o órgão em nota.

A SME (Secretaria Municipal de Educação) informou que o funcionamento das escolas nesta quinta-feira foi normal em toda a rede. "Foram registrados 67 professores ausentes. A Secretaria ressalta que toda e qualquer falta não justificada será descontada, como ocorre normalmente. É importante ressaltar que um novo encontro com o Sepe está planejado para a próxima quarta, dia 28, na SME", afirma a nota.

Descontos no salário 

A Seeduc e a SME do Rio de Janeiro informaram na semana passada, por meio das assessorias de imprensa, que as faltas não justificadas dos professores serão descontadas nos salários.

A decisão das secretarias se deu após o STF (Supremo Tribunal Federal) ter suspendido o acordo que encerrou a greve dos trabalhadores da educação no Rio de Janeiro, no ano passado. Em decorrência daquele acordo, o governo do Estado e a prefeitura se comprometeram a não cortar o ponto nem a penalizar os professores grevistas, desde que eles voltassem à atividade e repusessem as aulas.