Após mais de cem dias de greve, professores da UFRJ encerram paralisação
Os professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiram encerrar a greve na instituição durante assembleia realizada nesta sexta-feira (31). Também foi votado um indicativo de reinício das aulas para o dia 10 de setembro. Segundo a assessoria de imprensa da Adufrj (Associação dos Docentes da UFRJ), 513 docentes participaram da assembleia e o retorno às aulas foi decidido por ampla maioria.
De acordo com o sindicato, um calendário de reposição será apresentado na próxima quarta-feira (5) na reunião do Conselho de Ensino e Graduação da universidade. A greve na UFRJ começou no dia 22 de maio.
A previsão é que o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) divulgue ainda hoje um balanço com os resultados das assembleias das seções sindicais filiadas à entidade.
As negociações entre os professores de universidades federais em greve e o governo foram encerradas após assinatura de acordo com a Proifes (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições federais de Ensino Superior). O Andes-SN, que reúne a maioria dos docentes, pede a reabertura das negociações.
A greve nacional começou no dia 17 de maio e afetou as atividades em 58 das 59 universidades federais do país - apenas a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) não teve nenhuma unidade em greve.
Além da UFRJ, pelo menos oito instituições já encerraram a paralisação, são elas: UnB (Universidade de Brasília), UFC (Universidade Federal do Ceará), Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) e o campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Reposição e corte de ponto
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem (30) que quer a reposição integral das aulas interrompidas pela greve dos professores nas instituições federais de ensino superior, mas não ordenará aos reitores das universidades e diretores dos institutos que cortem o ponto dos docentes que não retomarem às atividades.
“Isso compete ao Ministério do Planejamento e à Advocacia-Geral da União [sobre corte do ponto]”, disse o ministro à Agência Brasil. Mercadante lembrou que “havia uma liminar que impedia o corte de ponto dos servidores” e que “a liminar caiu”. Segundo o ministro, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari Pargendler, recomendou o corte do ponto.“Ele disse que é fundamental que seja feito [corte do ponto], mesmo que a greve seja legal e justa, porque não se prestou o serviço”, disse.
Apesar da referência à decisão da Justiça, Mercadante adotou postura conciliatória. “Nós lutamos para que haja esse entendimento para que haja uma política de reposição. É muito importante que os alunos não paguem um preço que já pagaram. A prioridade do MEC [Ministério da Educação] continua sendo a reposição integral das aulas.”
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