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Professores desocupam prédio da Prefeitura do Rio

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio*

20/09/2013 20h21Atualizada em 20/09/2013 21h18

Cerca de 50 professores deixaram o 13º andar do prédio da Prefeitura do Rio, no centro da cidade, por volta das 20h desta sexta-feira (20). Eles ocupavam o espaço desde por volta das 15h e a saída foi pacífica. Nesta sexta, a categoria decidiu retomar a greve na rede municipal de educação.

Na noite de hoje, o grupo recebeu um ultimato do coronel Ronal Santana, do 4º Batalhão da Polícia Militar, depois de recusar duas datas para um encontro com o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo. Segundo o coronel, que conduzia as negociações, se os profissionais não deixassem o prédio, seriam retirados pela polícia.

O grupo pedia que o governo municipal retirasse o plano de carreira, enviado nesta semana à Câmara dos Vereadores, ou que desistisse do caráter de urgência do projeto, que não preenche as exigências da categoria.

Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ), a manifestação era pacífica e os professores ficaram no corredor do andar que abriga o gabinete do prefeito.

As luzes do foram apagadas e acesso aos banheiros foi bloqueado durante a manifestação, de acordo com os professores. O sindicato diz que o advogado Jorge Bulcão foi impedido de participar da negociação.

Com a saída dos manifestantes, ficou acordado que o sindicato deve se encontrar na segunda (23) com o secretário da Casa Civil.

Impasse

O impasse entre a prefeitura e os profissionais da educação começou no início do agosto, quando a categoria decidiu entrar em greve.

A paralisação foi suspensa no dia 10 de setembro, mas os profissionais entraram em estado de greve para pressionar o governo municipal a cumprir os acordos firmados em reuniões com o sindicato.

Na terça, os profissionais da educação realizam uma paralisação de 24h. Durante o ato, eles chegaram a fechar a avenida Rio Branco, no centro do Rio.

Em nota, a Prefeitura do Rio disse nesta sexta que "lamenta que o sindicato, em vez de levar o debate para o Parlamento, insista com uma greve que só prejudica os alunos do município". A administração municipal também afirma que cumpriu todos os acordos estabelecidos em negociação com o Sepe, incluindo a apresentação de um plano de cargos e salários.

*Com informações do UOL, em São Paulo