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Cerca de 5.000 professores seguem para Cinelândia, no centro do Rio

Pablo Jacob/Agência O Globo
Imagem: Pablo Jacob/Agência O Globo

Giuliander Carpes e Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/10/2013 18h11

Cerca de 5.000 manifestantes seguem em direção à Câmara Municipal de Vereadores, na praça da Cinelândia, no centro do Rio. A estimativa é do Sepe, sindicato dos professores. Segundo a PM (Polícia Militar), há 2.000 pessoas no protesto.

Um grupo de manifestantes mascarados já faz o cordão que abre a passeata -- como costumam fazer os Black Blocs. Eles carregam também escudos do tamanho dos escudos da PM. Na sequência e um tanto afastados começa o grupo de professores puxado pelo sindicalistas.

A reportagem do UOL no local não visualizou nenhum policial fardado na concentração da passeata ou no percurso entre a Candelária e a avenida Rio Branco na altura da rua Buenos Aires. A PM reafirmou ao UOL, por meio de sua assessoria, que há 500 PMs fardados na concentração e acompanhando a passeata.

Gritos de guerra

Na passeata, os manifestantes gritam: "Mas que vergonha, mas que horror! Sérgio Cabral mandou bater em professor". Outra que eles estão repetindo no caminho é: "professor é meu amigo; mexeu com ele, mexeu comigo". 

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O protesto foi combinado pelas redes sociais e os organizadores pretendem juntar um milhão de pessoas contra "a intransigência e a truculência dos governos do Estado e do município em relação à proposta feita pelos educadores sobre melhorias na educação".

A manifestação deve interromper o trânsito na Avenida Rio Branco até a região da Cinelândia. A ideia é recuperar o fôlego dos movimentos de junho, quando ocorriam protestos toda segunda e quinta-feira no centro da cidade.

Na semana passada, os vereadores do Rio votaram em caráter de urgência um plano de cargos e salários enviado pelo prefeito Eduardo Paes. A votação ocorreu a portas fechadas e causou grande revolta entre os docentes, que não concordam com a proposta. Do lado de fora da Câmara, houve confronto com a polícia, que armou um bloqueio no entorno da casa legislativa e reprimiu os manifestantes com violência.

Dias antes, um grupo de professores municipais que havia ocupado o plenário do Palácio Pedro Ernesto para evitar a votação já havia sido removido com uso de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e spray de pimenta durante a madrugada. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) respondeu com a manutenção da greve e um protesto pacífico com cerca de 4 mil pessoas em frente à prefeitura.

A entidade pede a retomada da negociação, mas Paes afirma que o sindicato não cumpriu três acordos assinados em reuniões preliminares à proposta. O Sepe questiona na Justiça a legalidade da votação que resultou no plano. A greve dos professores estaduais e municipais, que reivindicam também o fim da chamada meritocracia, reajustes salariais e que um terço da carga horária seja usada no planejamento de aulas, começou no dia 8 de agosto.