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Se possível, volto com escolas nem se for por um dia, diz secretário de SP

Rossieli Soares acredita que reabertura das escolas ainda neste ano é importante - Renato Costa/Estadão Conteúdo
Rossieli Soares acredita que reabertura das escolas ainda neste ano é importante Imagem: Renato Costa/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/08/2020 08h02Atualizada em 20/08/2020 09h01

O secretário estadual de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse que a importância da reabertura das escolas não pode ser subestimada e que, se as condições sanitárias permitirem, o retorno no último bimestre "fará uma grande diferença". Em entrevista à GloboNews, Rossieli disse que, se possível, voltaria com as aulas presenciais nem se fosse por um dia deste ano.

Atualmente, o Estado de São Paulo liberou atividades de reforço escolar e acolhimento em escolas localizadas em cidades que atendem a critérios como 28 dias seguidos na fase amarela do programa estadual de reabertura. A previsão é de que o retorno às aulas presenciais seja permitido a partir do dia 7 de outubro.

"Um bimestre inteiro faz uma diferença muito grande. Se puder voltar por um dia, eu volto por um dia com nossas escolas porque é importante para a socialização, pelo que elas (crianças e jovens) estão passando. A gente não viu ainda o que está sendo para os jovens e crianças esse período de pandemia. A gente não pode minimizar a importância da escola", disse Rossieli.

Na avaliação do secretário, a importância da escola vai além do conhecimento e, com segurança, um retorno ainda neste ano seria importante em diferentes aspectos.

"Abuso sexual por exemplo, nesse tema a escola acaba auxiliando de uma forma ou de outra, diretamente às vezes pela ação do professor e da escola, e às vezes diminuindo a chance disso acontecer com a criança. É importante em vários aspectos. A depressão nas crianças... Uma reportagem recente mostrou que 75% dos jovens estão ansiosos, no caminho da depressão", explicou.

Respeito às escolhas das prefeituras

Rossieli ainda disse que o retorno às aulas, se liberado no estado, será opcional e respeitando diferentes critérios. "Os grupos de risco não voltam, seja aluno, seja professor... É opcional ao pai fazer o retorno e para aquele que querem retornar, e isso vai fazer uma diferença grande. Não dá para dizer que não se recupera. Lógico que não se recupera tudo, mas o esforço com a educação à distância é importante, mas educação presencial é fundamental."

Mesmo com a possível liberação do estado em outubro, cidades que atendem hoje aos critérios já avisaram que só retornam às aulas presenciais no próximo ano. A capital São Paulo, por sua vez, rejeitou a possibilidade de abrir as escolas para reforço e acolhimento em setembro, como previsto pelo governo estadual.

Rossieli disse respeitar as escolhas, mas afirmou que a previsão de retorno em outubro está mantida.

"Por razão de vigilância, (a cidade de São Paulo) disse que em setembro não teria nenhuma atividade, então não teremos em setembro a recuperação na capital. Entendemos que de forma justificada, pode fazer. A volta às aulas em si previstas para outubro está mantida e vamos acompanhando", afirmou o secretário estadual.