Enem 2021: Saiba como calcular e usar a média da prova
Considerado a principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2021 fez hoje o seu segundo e último dia de provas. Cerca de 3,1 milhões de inscritos se inscreveram para o exame, que acontece nas versões impressa e digital.
Com a nota do Enem, é possível concorrer a vagas em universidades públicas e particulares de todo o país. Há também universidades estrangeiras que aceitam o desempenho obtido no exame como parte de seus processos seletivos. É provável que os resultados desta edição do exame sejam divulgados em janeiro de 2022. Mas, afinal, como a média do Enem é calculada?
A prova do Enem é dividida em quatro áreas de conhecimento: matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza. Além delas, há também a prova de redação, que vale de zero a mil pontos.
O desempenho de um candidato no Enem pode ser calculado de duas formas diferentes, já que existe a média simples e a média por peso.
Média simples
A média simples pode ser calculada somando o desempenho do aluno em cada uma das áreas, incluindo a nota da redação, e dividindo essa nota por cinco.
A média simples é utilizada para o Prouni (Programa Universidade para Todos), que oferece bolsas de estudo para o ensino superior; o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que oferece financiamento; e algumas das vagas ofertadas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada) em instituições públicas de ensino.
Para se inscrever no Prouni, por exemplo, o candidato precisa ter alcançado uma média de no mínimo 450 pontos e não ter zerado a prova de redação. A regra vale também para o Fies.
Média por peso
Para concorrer a vagas em universidades ou também em algumas das vagas ofertadas pelo Sisu, é comum que sejam estabelecidos pesos diferentes para cada uma das áreas avaliadas.
Para um curso da área de exatas, por exemplo, uma instituição pode determinar que a nota obtida pelos candidatos em matemática no Enem tenha maior peso na hora de se fazer o cálculo da média.
Nesse caso, é preciso somar a nota de cada prova multiplicada pelo valor de cada peso e dividir o resultado pela quantidade de somas realizadas.
O critério da média por peso pode ser estabelecido pelas universidades e pode ser consultado nas regras dos processos seletivos.
Nota não depende só do número de acertos
É importante saber ainda que, para entender o desempenho obtido pelo candidato em cada uma das áreas avaliadas no Enem por meio das questões objetivas (isto é, de múltipla escolha), não basta somar o número de acertos na prova.
Isso porque o Enem utiliza uma metodologia chamada TRI (Teoria de Resposta ao Item), que diferencia as questões de acordo com o nível de dificuldade. Utilizado para priorizar a coerência no desempenho dos estudantes, esse método também é conhecido como sistema "antichute".
Esse modelo considera provável que, se o candidato acerta as questões mais difíceis, mas erra as que são consideradas fáceis, uma das respostas foi fruto de um "chute". Por isso, ele terá uma nota inferior à de um outro candidato que acertou o mesmo número de questões consideradas mais fáceis, mas errou as mais difíceis.
Assim, duas pessoas que fizeram a mesma edição do Enem e tiveram número igual de acertos podem ter notas diferentes.
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