Professores do Rio continuam em greve mesmo após decisão da Justiça
Os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro decidiram na tarde desta terça-feira (3) continuar em greve por melhores condições de trabalho. Em assembleia, os profissionais mantiveram a paralisação apesar da Justiça ter determinado, ontem (2), o fim da greve em até 48 horas. A punição é de multa de R$ 200 mil por dia de desobediência. Após a assembleia, os professores saíram pelas ruas do centro do Rio em passeata.
O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) informou que a nova assembleia será na sexta-feira (6) na prefeitura.
O desembargador Antônio Eduardo Ferreira Duarte, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, deferiu a liminar em favor do município do Rio determinando a suspensão da greve. Em caso de multa, o valor será destinado ao Fundo Municipal da Educação.
De acordo com o sindicato, até ontem, a adesão dos professores à greve era de mais de 60% em todas as regiões da cidade, atingindo uma média de 80%.
As reivindicações da categoria são o reajuste salarial de 19% e a inclusão do sindicato no grupo de trabalho que definirá o plano de carreira dos professores do município. Os profissionais também pedem que os funcionários administrativos das escolas tenham direito aos 6% de reajuste que outros servidores receberam em abril.
Na edição de sexta-feira (30) do "Diário Oficial", a prefeitura publicou atos que foram acordados com o Sepe. Entre eles estão a climatização, até o fim do ano, de mais 130 escolas; a criação do grupo de trabalho para definir um terço da carga horária; e a adoção de cadernos pedagógicos consultando, previamente, os docentes. A Secretaria Municipal de Educação foi procurada para informar a situação do calendário escolar devido a greve e se posicionar sobre as reivindicações, mas não respondeu antes do fechamento desta matéria.
(*Com informações da Agência Brasil)
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