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Após votação, vereadores do Rio saem por rua lateral em meio a protestos

Juliana Dal Piva

Do UOL, no Rio

01/10/2013 20h03

Depois de aprovarem o plano de cargos e salários dos profissionais da educação municipal do Rio, os vereadores usaram uma saída lateral para deixar a Câmara por volta das 19h desta terça-feira (1º). O grupo saiu enquanto a PM jogava bombas de gás contra os manifestantes a alguns metros da Casa, no centro do Rio.

Eles saíram pela rua Evaristo da Veiga e entraram em um ônibus.

Mais cedo, parte dos vereadores da oposição deixou o plenário em protesto contra a violência da PM (Polícia Militar) na repressão ao protesto dos professores.

O projeto foi aprovado por 36 votos a favor e 3 contra. Foram feitas 31 emendas ao projeto inicial. O texto vai à sanção do prefeito Eduardo Paes.

O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ) reivindicava a suspensão da votação do plano de carreira enviado pelo prefeito. O sindicato questionava o plano, entre outras coisas, por privilegiar os funcionários de 40 horas semanais.

Por volta das 20h, cerca de 500 professores continuavam na Cinelândia, no centro do Rio. Em alguns momentos, a PM jogava bombas de gás e, em outros, os próprios manifestantes brigavam entre si.

Greve

Vídeo mostra bombas em acampamento de professores

Os profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram nesta terça, durante uma assembleia realizada na Cinelândia, manter a greve da categoria. A próxima assembleia ficou marcada para próxima sexta-feira (4).

 

A paralisação, que foi retomada há dez dias, já deixou os alunos da rede pública municipal sem aulas por 45 dias. Os professores não concordam com o plano de carreira apresentado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara. 

Depredação na noite de segunda

Na noite de segunda-feira, um grupo de manifestantes que estava na Cinelândia, no centro do Rio, deixou a praça em direção à Lapa. No caminho, depredaram a fachada de vidro do Edifício Serrador, onde funciona a sede do grupo EBX, do empresário Eike Batista, que passa por uma grave crise financeira. Além disso, destruíram um toldo da lanchonete McDonald's e jogaram pedras em um ônibus.