Protesto de professores tem bombas de gás e nova confusão no Rio
O protesto de professores tem bombas de gás e spray de pimenta na tarde desta terça-feira (1º) na Cinelândia, no centro do Rio. Profissionais da educação e Black Blocks foram atingidos pelo artefatos jogados pela PM. Os professores aguardam do lado de fora da Câmara Municipal do Rio para pressionar a suspensão do projeto que cria um plano de cargos e salários para a categoria. O texto está na pauta desta terça da Casa.
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Por volta das 16h30, um grupo de Black Blocks, infiltrado no protesto dos professores, entrou em confronto com a Polícia Militar. Eles usavam máscaras e pedaços de madeira para intimidar a PM na lateral da Câmara. A polícia respondeu com bombas de gás.
Após dispersar os manifestantes da Cinelândia com diversas bombas, o choque montou barricadas junto com cachorros nas laterais da Câmara de Vereadores. Outro grupo de policiais subiu a avenida Rio Branco em direção à Candelária, soltando bombas de gás para dispersar o maior grupo de manifestantes que caminhava naquela direção.
Professores
Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ), mais cedo um grupo de professores seguia em direção à Câmara, quando foi atingido por bombas de efeito moral e gás de pimenta.
Em seu site, o Sepe diz que algumas pessoas foram atingidas nos olhos por gás de pimenta e outras caíram ao chão com a explosão das bombas de efeito moral.
A professora Neide Coelho, que atua em turmas do ensino fundamental em Guaratiba (zona oeste do Rio), ficou ferida nas costas por estilhaços de uma bomba lançada pela polícia. “Eu nem vi de onde ela veio”, diz.
As explosões ajudaram a dispersar o grande grupo de profissionais que se concentrava perto da avenida Rio Branco.
O Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara, foi totalmente isolado em um perímetro de diversos quarteirões com a instalação de grades de metal com cerca de 2,5 metros de altura. Permanece liberada somente a frente, que dá acesso para a Cinelândia.
Os acessos Santa Luzia, Convento e República do Chile da estação Cinelândia do metrô foram fechados.
Votação
O projeto que cria um plano de carreira para a categoria começou a ser votado por volta das 15h desta terça. A Câmara informou que 51 senhas (uma para cada vereador) serão distribuídas para que professores acompanhem a votação.
"A decisão partiu da Mesa Diretoria com objetivo de responsabilizar cada vereador por seu visitante, visto que os ânimos estão exaltados por conta de agitadores profissionais que estão infiltrados no movimento com objetivo de fomentar a baderna", disse a Câmara em nota.
Do lado de fora da Casa, os professores são contra a entrada limitada no plenário. Até por volta das 15h as senhas ainda não tinham sido distribuídas.
O texto passará por discussões em duas sessões ainda hoje - uma ordinária e outra extraordinária. A última discussão deve começar por volta das 18h.
Greve
Os profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram nesta terça, durante uma assembleia realizada na Cinelândia, manter a greve da categoria. A próxima assembleia ficou marcada para próxima sexta-feira (4).
A paralisação, que foi retomada há dez dias, já deixou os alunos da rede pública municipal sem aulas por 45 dias. Os professores não concordam com o plano de carreira apresentado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara.
(*Com informações da Agência Brasil)
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