RJ: PM afasta policial que jogou pedra em docentes do telhado da Câmara
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que vai punir o policial flagrado em um vídeo jogando uma pedra de cima do telhado da Câmara de Vereadores do Rio durante a manifestação de professores contra a votação do plano de cargos e salários apresentado pela prefeitura, na última terça-feira (1º). Segundo a corporação, o PM trabalhava no setor de Inteligência e está afastado de suas funções. Ele fazia parte do Serviço Reservado.
Nas imagens, capturadas por funcionários da Casa e divulgadas pelo vereador Jefferson Mouro (PSOL), o policial, que não teve a identidade divulgada, aparece sem camisa e é chamado de "bandido" e "covarde". Os responsáveis pela filmagem, que estavam em prédio anexo da Câmara, xingam o homem e avisam que estão filmando.
Depois que o PM atira o objeto em direção ao local onde estavam os professores, aparece um homem, de camisa social e gravata, que conversa brevemente com ele. Os dois saem juntos do telhado, enquanto ouve-se o barulho de uma bomba estourando.
Segundo a PM, o policial agora terá cinco dias para apresentar suas razões de defesa em documento formal. Ao fim deste prazo, o comando da PM decidirá qual será a punição.
Imagens divulgadas em redes sociais indicam que policiais também teriam se posicionado nas duas cúpulas do Palácio Pedro Ernesto, que ficou sitiado durante a votação, para lançar bombas contra manifestantes na Cinelândia.
O plano de cargos e salários foi aprovado pela maioria dos vereadores na terça e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes no dia seguinte.
Em greve desde o dia 8 de agosto, com uma interrupção de dez dias, os professores decidiram manter o movimento nesta sexta-feira (4).
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