Ministério Público pede suspensão de aulas na USP Leste
O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a suspensão das aulas na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), também conhecida como USP Leste. A promotora Camila Mansour Magalhaes da Silveira quer que a Justiça interdite a área até que a universidade comprove a descontaminação do solo.
A Procuradoria do Meio Ambiente também pediu a suspensão de obras e do expediente administrativo no local. O pedido agora será analisado pela 2ª Vara de Fazenda Pública do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Em nota, a USP disse que a Procuradoria Geral da universidade ainda não foi notificada oficialmente sobre o assunto.
No último dia 31, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) multou a USP em R$ 96.869,35 por não ter solucionado o problema e por estabelecer prazos considerados insatisfatórios. O terreno do campus da EACH concentra gás metano proveniente do desassoreamento do rio Tietê.
A universidade já tinha sido autuado no dia 2 de agosto por descumprir exigências da Cetesb para acabar com a contaminação do solo. Entre as exigências não atendidas, segundo a companhia, havia a instalação de sistema de extração de gases de todos os prédios, avaliações de risco à saúde, além de investigação ambiental detalhada do solo.
Greve
No fim do mês passado, alunos e funcionários voltaram às atividades e encerram a greve que durou 50 dias. Eles pediam uma solução para o problema de contaminação do solo.
Durante a greve, os estudantes chegaram a ocupar o prédio da diretoria da unidade no dia 3 de outubro. A reintegração de posse do prédio foi feita no dia 19 pela Tropa de Choque. Segundo o DCE (Diretório Central dos Estudantes), havia 35 alunos acampados no edifício, que foi cercado por pelo menos cem PMs antes das 6h da manhã.
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