Termina sem acordo audiência entre USP e servidores em greve
A audiência de conciliação realizada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) com representantes da USP (Universidade de São Paulo) e do Sintusp (sindicato dos servidores da universidade) terminou sem acordo nesta quarta-feira (20). O encontro durou cerca de três horas e, como terminou sem consenso, uma nova audiência foi marcada para o próximo dia 27 às 13h.
Os servidores da USP estão em greve desde o fim de maio porque reivindicam aumento salarial. A universidade, por sua vez, defende o reajuste zero, porque tem 105% do orçamento atual comprometido com folha de pagamento.
Na audiência, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério pediu que a USP suspenda o corte de ponto e que os grevistas não realizem piquetes na universidade.
Trancaço e bombas
Na manhã desta quarta, servidores e alunos da USP bloquearam os portões da Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo. Em seguida, policiais militares chegaram ao local e atiraram bombas de gás e de efeito moral contra os manifestantes, que dispersaram. Por volta das 8h, as entradas foram liberadas.
Representantes do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) afirmam que não houve negociação com a polícia e que funcionários foram atingidos com balas de borracha e estilhaços de bomba. Após o confronto, os funcionários realizaram uma assembleia e decidiram continuar a greve, que já dura mais de 80 dias.
Segundo o diretor do Sintusp, Magno de Carvalho, o ato ocorreu em resposta ao corte no pagamento dos funcionários, que já tiveram um mês descontado. Ele diz que 500 pessoas, entre funcionários, estudantes e alguns professores, participaram do protesto. Magno estima que aproximadamente 80% dos servidores da USP em todo o Estado estejam parados.
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