Kalil suspende alvarás de escolas para evitar volta às aulas em BH
O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD-MG) oficializou hoje uma decisão para impedir a volta às aulas na capital mineira. Um dia após o governo de Minas Gerais anunciar a liberação para o retorno das atividades letivas presenciais a partir de 5 de outubro, Kalil suspendeu o alvará de funcionamento de todas as instituições de ensino da cidade.
Em decreto publicado no Diário Oficial de Belo Horizonte, o prefeito deixa em aberto apenas algumas possibilidades de liberação mediante autorização da Secretaria de Saúde. Segundo o texto, a suspensão valerá "por tempo indeterminado". A medida repete uma decisão que Kalil já havia tomado quanto ao comércio em março, no início da pandemia do novo coronavírus.
Como motivos para o adiamento da volta às aulas, a Prefeitura da capital mineira citou o fato de que crianças e jovens costumam se manter assintomáticos quando contaminados e a "necessidade de aprofundar nos estudos e discussões para que as aulas escolares presenciais sejam retomadas com segurança para alunos e professores".
O decreto também lembra o impacto que o retorno das aulas teria nas taxas de isolamento social da cidade, além de colocar em risco os idosos, que estão no grupo de risco da covid-19. A Prefeitura alega que eles também estão envolvidos na rotina escolar dos netos.
Na prática, a suspensão dos alvarás adia a volta às aulas e suspende as atividades em creches, escolas de ensino infantil, fundamental e médio, escolas de nível superior e centros de formação profissional.
Os setores que podem pedir autorização à Prefeitura para retomarem as atividades presenciais são escolas de educação profissional de nível técnico e cursos na área da saúde para ensino superior, mas este último somente para aulas laboratoriais e práticas.
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