Professores municipais do Rio decidem manter greve da rede
Os professores da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram em assembleia nesta sexta-feira (4) a manutenção da greve. A decisão foi tomada após a Câmara dos Vereadores aprovar e o prefeito Eduardo Paes sancionar o plano de cargos e carreiras da rede.
Segundo o Sepe (sindicato de professores), mais de cinco mil profissionais da educação seguem em passeata agora do Clube Municipal, na Tijuca, até a prefeitura do Rio.
A rede municipal do Rio está em greve desde o dia 8 de agosto, com uma interrupção de dez dias. A categoria quer mudanças no plano de cargos e carreiras sancionado pelo prefeito na tarde de quarta-feira (2).
Nove vereadores da oposição entraram na Justiça com uma ação contra a votação na Câmara que aconteceu na terça-feira (1°). Entre os argumentos utilizados pelos parlamentares estão a insegurança para os manifestantes que estavam do lado de fora e a ausência da categoria nas galerias do Palácio Pedro Ernesto.
Aumento
Em nota, a prefeitura do Rio disse que o Plano de Cargos, Salários, Carreiras e Remuneração é uma" vitória para os servidores da Secretaria Municipal de Educação". Ainda de acordo com a prefeitura, o plano garante um aumento de 15,31% para toda a categoria a partir do salário que será pago em novembro. O aumento chegaria a 62,1% para algumas categorias.
“Diante dos avanços, a Prefeitura do Rio faz um apelo para que os profissionais da Educação, que aderiram à greve, retornem às aulas o mais breve possível, de forma que os alunos da rede municipal não sejam ainda mais prejudicados”, diz a nota.
Confronto entre policiais e manifestantes
Vinte e três pessoas ficaram feridas durante os confrontos ocorridos no centro do Rio entre a PM (Polícia Militar) e manifestantes na noite da votação na Câmara dos Vereadores na terça-feira (1º). Entre os feridos estavam 12 policiais militares.
No fim da noite, a Tropa de Choque da PM dispersou, com bombas de gás lacrimogênio, os manifestantes que retornaram às escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, após a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos professores da rede municipal de ensino. A manifestação era formada por professores municipais e membros do grupo Black Bloc.
Segundo o site do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ), mais cedo um grupo de professores seguia em direção à Câmara, quando foi atingido por bombas de efeito moral e gás de pimenta.
A professora Neide Coelho, que atua em turmas do ensino fundamental em Guaratiba (zona oeste do Rio), ficou ferida nas costas por estilhaços de uma bomba lançada pela polícia. "Eu nem vi de onde ela veio", diz.
As explosões ajudaram a dispersar o grande grupo de profissionais que se concentrava perto da avenida Rio Branco.
* Com informações da Agência Brasil
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