Professores da rede municipal ocupam plenário da Câmara no Rio
Professores da rede municipal do Rio de Janeiro ocuparam as galerias e o plenário da Câmara Municipal, na tarde desta quinta-feira (26), durante a votação do plano de cargos e salários dos docentes, que foi interrompida pelo presidente da Casa, vereador Jorge Felippe (PMDB). A categoria não concorda com o projeto, que não satisfaz os pedidos dos grevistas.
O projeto foi apresentado na semana passada pela prefeitura e agora precisa ser votado pelos vereadores. A greve da categoria, suspensa no dia 10 de setembro, foi retomada dez dias depois.
Segundo a assessoria do Legislativo municipal, cerca de 100 professores estavam dentro do palácio Pedro Ernesto, no Centro do Rio, por volta das 16h. Do lado de fora, há cerca de 500 professores e um efetivo de policiais militares, posicionado na frente da entrada do prédio.
Ainda de acordo com a assessoria da Câmara, os professores receberam senhas para entrar nas galerias, mas ocuparam o plenário durante a sessão. Alguns deles pularam das galerias. Outro grupo, que segundo a Câmara havia chegado mais cedo, ficou na porta do plenário e forçou a entrada.
Alguns vereadores estão reunidos na sala do presidente Jorge Felippe. A assessoria da Câmara informou que a sessão foi interrompida por "falta de condições de dar prosseguimento aos trabalhos". A próxima sessão ordinária vai acontecer na próxima terça-feira (1º), às 14h.
Funcionários estão com dificuldade para entrar e sair do prédio. Os PMs formaram um corredor para permitir a passagem dessas pessoas.
A assessoria afirmou ainda que um segurança foi ferido no dedo por um manifestante na entrada do plenário e que, do lado de fora, funcionários foram agredidos.
No plenário e nas galerias, os manifestantes gritam "ô, a educação parou" e "eu vou até o fim, porque eu quero ver a renúncia da (Cláudia) Costin (secretária municipal da Educação)". A segurança da Casa informou ao grupo que quem sair do local não poderá mais retornar.
O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) informou, em seu site oficial, que os profissionais ficarão na Câmara até serem recebidos pela presidência da casa e exigem garantia de que o plano de carreiras não será votado hoje.
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