Em nova assembleia, professores do RJ mantêm greve na rede estadual
Os professores da rede estadual aprovaram a continuidade da greve da categoria em assembleia realizada nesta quarta-feira, no Clube Municipal, na Tijuca, na zona norte da capital fluminense. A paralisação começou no dia 8 de agosto. Os profissionais são ligados ao Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro).
Na reunião, que começou por volta das 17h30, ainda serão deliberadas outras pautas como o calendário do movimento e a data da próxima manifestação da categoria, que deve ocorrer na segunda-feira (7).
Segundo a diretora do Sepe, Maria Beatriz Lugão Rios, ainda nesta quarta, ao fim da assembleia, deve ocorrer uma caminhada em direção à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), onde está sendo realizado um ato contra a violência policial.
Por volta das 16h, segundo professores, dois homens foram expulsos do local da assembleia sob vaias. Eles teriam sido identificados como policiais militares à paisana. De acordo com os profissionais da educação, ambos admitiram que eram da PM no momento em que a multidão começou a hostilizá-los.
Um dos supostos policiais carregava no peito um adesivo com mensagens grevistas e de repúdio ao governador do Estado, Sérgio Cabral.
Questionada sobre a declaração de Cabral sobre o salário dos professores --nesta quarta, o chefe do Executivo disse que o Rio "paga os melhores salários para os professores"--, um dia após um longo e violento confronto entre manifestantes favoráveis à greve da educação e policiais militares no centro da cidade, Maria Beatriz afirmou: "O governador desistiu de ser governador".
"Parece que ele está vivendo em um outro lugar, menos no Rio de Janeiro. Falar isso no dia seguinte às ações de violência da polícia dele e do Eduardo Paes é um absurdo", disse.
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