Estudantes fazem novo protesto e fecham vias em São Paulo
Alunos da USP (Universidade de São Paulo) e estudantes secundaristas realizam na manhã desta sexta-feira (4) protestos na zona oeste e no centro de SP em apoio às manifestações dos alunos da rede estadual de ensino contra a reorganização escolar.
Por volta das 10h, eles fechavam a avenida Paulista, onde dois grupos se reuniram: um que protestava na avenida Rebouças e outro que partiu da rua da Consolação. A via foi bloqueada no cruzamento com a rua da Consolação na manhã.
O ato começou, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por volta das 7h, quando o grupo fechou a rua Alvarenga, na altura da rua Afrânio Peixoto, na zona oeste de São Paulo. A via ficou totalmente bloqueada por volta das 7h40 desta sexta. A manifestação chegou a afetar o trânsito da marginal Pinheiros, sentido Interlagos, que apresentava 5,6 km de lentidão na pista expressa no horário, desde a rodovia Castello Branco até a ponte Cidade Universitária.
Por volta das 8h30, os estudantes deixaram a rua Alvarenga e se dirigiram até a avenida Francisco Morato, que ficou totalmente bloqueada no sentido centro, na altura da praça Jardim de Lima. No local, eles se juntaram a estudantes secundaristas, que se concentravam na via.
Pouco depois, eles caminharam pela ponte Eusébio Matoso fechando o trânsito dos veículos no sentido centro.
Por volta das 9h, o grupo fechou a avenida Rebouças e seguiu no sentido centro. Eles carregavam cadeiras escolares e tentaram fechar o cruzamento da Rebouças com a Faria Lima, mas foram impedidos pela Polícia Militar, que jogou uma bomba de gás contra os manifestantes.
Com os ônibus parados no corredor de ônibus da Rebouças, passageiros desceram e começaram a seguir a pé pela avenida.
Ontem, estudantes da rede estadual realizaram protestos em vários pontos da cidade.
Reorganização escolar
A reorganização da rede estadual de ensino foi anunciada pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB-SP) em setembro. A medida fecha 93 escolas e reorganiza as restantes por ciclo único. Deste modo, estudantes do ensino fundamental ficam em unidades diferentes do ensino médio.
Desde o anúncio da reorganização, alunos, pais e professores têm realizado protestos em vários pontos do Estado. Eles argumentam que o objetivo da reestruturação é cortar gastos e temem a superlotação das salas de aulas, além de alegarem a ausência de diálogo durante o processo. Cerca de 200 escolas estão ocupadas por estudantes.
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